Sob o mote 'Acabou. Vamos baixar as rendas', a concentração estava marcada para as 12:00 (hora local, mais uma do que em Portugal) e poucos minutos depois os manifestantes começaram a dirigir-se em direção ao Palácio de Cibeles.
"Madrid será o túmulo do rentismo", "Madrid não aguenta mais, Madrid levanta-se" ou "Os senhorios estão a roubar-nos os salários" são algumas das palavras de ordem que se ouviram no início da manifestação considerada histórica pela porta-voz do Sindicato dos Inquilinos.
Em declarações à agência EFE, Valeria Rapu disse que o tempo se esgotou para os senhorios, patrões e Governo, uma vez que "não há polícia, tribunais ou valentões" suficientes para parar o protesto.
A dirigente sindical sublinhou ainda que os proprietários "esgotaram o tempo se continuarem a aumentar os preços", devido ao apelo feito para deixar de pagar as rendas e contra o facto de que "não há polícia, tribunais ou bandidos suficientes para expulsar todos nós que estamos aqui".
Os manifestantes pedem também a demissão da ministra da Habitação, Isabel Rodriguez e, ao Governo, Valeria Rapu disse que os inquilinos não querem "promessas vazias" e exigem a redução do valor das rendas.
A manifestação termina na Plaza del Callao e em simultâneo decorrem outras marchas noutros pontos do país.
A partir de segunda-feira, o Sindicato dos Inquilinos pretende organizar-se "em todos os bairros de Madrid e do Estado contra este sistema injusto", acrescentou a sindicalista.
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