No domingo, Kim Yo-Jong, irmã do chefe de estado norte-coreano Kim Jong-un, emitiu um comunicado, divulgado pela agência de notícias da Coreia do Norte, como forma de retaliação ao país vizinho. Na declaração, avisou a Coreia do Sul com um "desastre horrível" se estes voltarem a ameaçar o espaço aéreo da capital norte coreana.
Yo-Jong descreveu as ações sul-coreanas como "imperdoáveis" e "maliciosas", acusando-os ainda de tentar "acender um fusível para o início de uma guerra".
A mulher norte-coreana foi ainda mais longe ao dizer que os vizinhos "estarão num ataque de histeria até às suas mortes miseráveis".
Também no comunicado, a irmã de Kim Jong-un afirma que as forças militares norte-coreanas estão prontas para abrir fogo se for necessário.
Também o Ministro da Defesa da Coreia do Norte quis ter uma palavra a dizer. Num comunicado separado, validou as palavras de Kim Yo-Jong, dizendo que a Coreia do Sul é responsável por alegadas infiltrações de drones. Avisou ainda que qualquer ataque de drones no futuro será considerado um ato de guerra.
Segundo o Korea JoongAng Daily, o ministério da Unificação da Coreia do Sul desvalorizou as acusações, atribuindo a retórica do regime a inseguranças internas.
Esta não é a primeira vez que Kim Yo-Jong se manifesta contra a Coreia do Sul. De recordar que a irmã do líder norte-coreano é considerada a mulher mais poderosa do país e que foi a mesma quem impôs a "lei da mordaça" aos vizinhos sul-coreanos.
Nos últimos meses, a Coreia do Norte tem enviado balões de lixo para o país vizinho como resposta aos balões de propaganda antirregime vindos do Sul.
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