Kim Jong-un apresenta "ação militar imediata" face a tensões com Sul

O líder da Coreia do Norte apresentou uma "ação militar imediata" numa reunião de alto nível sobre segurança nacional, num contexto de tensões acrescidas com a Coreia do Sul, avançou hoje a imprensa estatal norte-coreana.

Notícia

© Lusa

Lusa
15/10/2024 06:15 ‧ 15/10/2024 por Lusa

Mundo

Coreia do Norte

Kim Jong-un "definiu a direção da ação militar imediata e indicou as tarefas importantes a realizar no quadro da dissuasão da guerra e do exercício do direito à autodefesa", informou a agência de notícias KCNA.

 

Os mais altos responsáveis pela segurança do país, incluindo o chefe do exército e os ministros da Segurança e da Defesa Nacional, participaram na reunião de segunda-feira.

O encontro realizou-se numa altura de fortes tensões entre as duas Coreias.

A Coreia do Norte, que acusou o Sul de enviar 'drones' com panfletos de propaganda para Pyongyang, enviou reforços para a fronteira e avisou que o lançamento de mais um 'drone' seria considerado "uma declaração de guerra".

"O nosso exército está a acompanhar de perto a situação e está totalmente preparado para responder às provocações do Norte", reagiu na segunda-feira o porta-voz do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, Lee Seong-joon, criticando Pyongyang pelas acusações "sem vergonha".

O regime norte-coreano queixou-se da presença de vários 'drones' desde o início de outubro, que lançaram panfletos de propaganda com "rumores inflamatórios e disparates" sobre a capital, e acusou Seul de ser o responsável.

Durante a reunião, foi apresentado um relatório sobre as "graves provocações do inimigo" e Kim "expressou uma posição política e militar firme", ainda de acordo com a KCNA.

O Ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, negou inicialmente que Seul fosse responsável pelo envio dos aparelhos aéreos não tripulados. O JCS disse mais tarde que não podia "confirmar se as alegações norte-coreanas eram verdadeiras ou não".

Grupos do Sul costumam enviar propaganda e dólares norte-americanos para o Norte, normalmente por balão.

Embora as duas Coreias permaneçam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou num armistício e não num tratado de paz, o Comando das Nações Unidas na Coreia, que supervisiona o armistício, afirmou ter conhecimento das acusações norte-coreanas.

"O comando está atualmente a investigar em estrita conformidade com o acordo de armistício", afirmou.

Leia Também: Irmã de Kim Jong-un volta a ameaçar Seul: "Histeria até às suas mortes"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas