Destruição de estradas e retaliação. O que se passa entre as Coreias?

A Coreia do Norte destruiu esta terça-feira vários troços de estradas de ligação ao Sul. Seul respondeu com disparos junto à fronteira.

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© Chung Sung-Jun/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
15/10/2024 11:33 ‧ 15/10/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Coreia do Norte

A Coreia do Norte destruiu esta terça-feira vários troços de estradas de ligação ao Sul, informou o exército sul-coreano, depois de Pyongyang ter anunciado que iria cortar as vias de transporte para o país vizinho.

 

"A Coreia do Norte detonou partes das estradas de Gyeongui e Donghae na Linha de Demarcação Militar por volta do meio-dia" (4h00 em Lisboa), informou o Estado-Maior Conjunto sul-coreano (JCS, na sigla em inglês) em comunicado.

O episódio vem agravar as tensões entre as duas Coreias, com Seul a realizar disparos ao sul da fronteira com o Norte, em resposta a detonações levadas a cabo por Pyongyang para destruir estradas em território norte-coreano que ligavam os dois países.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, na sigla em inglês) "respondeu disparando ao sul da Linha de Demarcação Militar" depois de o Norte fazer explodir trechos de estradas nas vias de Gyeongui e Donghae por volta do meio-dia local (4h00 em Lisboa), informou em comunicado.

Na sequência deste confronto, o líder da Coreia do Norte apresentou uma "ação militar imediata" numa reunião de alto nível sobre segurança nacional.

Kim Jong-un "definiu a direção da ação militar imediata e indicou as tarefas importantes a realizar no quadro da dissuasão da guerra e do exercício do direito à autodefesa", informou a agência de notícias KCNA.

Clima de tensão tem vindo a agravar-se: "Desastre horrível"

Na semana passada, Pyongyang anunciou que estava a cortar e a fortificar estradas e caminhos-de-ferro que ligam ao Sul, em resposta a uma emenda constitucional recentemente aprovada que terá redesenhado unilateralmente as fronteiras do país, por ordem do líder Kim Jong-un.

No domingo, Kim Yo-Jong, irmã do chefe de estado norte-coreano Kim Jong-un, emitiu um comunicado, divulgado pela agência de notícias da Coreia do Norte. Na declaração, avisou a Coreia do Sul com um "desastre horrível" se estes voltarem a ameaçar o espaço aéreo da capital norte coreana. 

Yo-Jong descreveu as ações sul-coreanas como "imperdoáveis" e "maliciosas", acusando-os ainda de tentar "acender um fusível para o início de uma guerra".

A mulher norte-coreana foi ainda mais longe ao dizer que os vizinhos "estarão num ataque de histeria até às suas mortes miseráveis".

Entretanto, a Rússia já reagiu a este agravar da tensão entre Coreia do Norte e do Sul, acusando Seul de liderar uma "campanha provocatória imprudente" contra a Coreia do Norte, alvo do lançamento de panfletos de propaganda por 'drones', e de alimentar uma "escalada de tensões" na península.

Já a China advertiu hoje que a "situação tensa na península coreana não é do interesse de nenhuma das partes", depois de Pyongyang ter destruído vários troços da estrada que liga o seu território à Coreia do Sul.

Leia Também: China avisa: Tensão na península coreana não interessa a "nenhuma" parte

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