"A administração do [Presidente Ferdinand] Marcos [Jr.] deveria lançar rapidamente uma reforma das forças de segurança em resposta às recentes audiências parlamentares sobre a corrupção policial e os abusos da guerra às drogas", apontou a HRW, em comunicado.
Em causa estão depoimentos recentes em quatro comissões da Câmara dos Deputados que mencionam execuções extrajudiciais cometidas desde 2016 com altos funcionários diretamente ligados ao então presidente, Rodrigo Duterte.
"O Ministério do Interior deveria investigar estas alegações de má conduta policial e trabalhar com o Ministério da Justiça para apresentar as acusações adequadas contra os agentes envolvidos", defendeu a HRW.
A organização apela ao novo ministro do Interior, Juanito Victor Remulla, para rescindir as comunicações internas relacionadas com a guerra às drogas e, em particular, aquela conhecida como Double Cannon Oplan, a campanha antidrogas lançada durante o mandato de Duterte.
Pede também ao Ministério da Justiça que "reaja" aos depoimentos perante o Parlamento e abra uma investigação própria.
Entre os testemunhos destaca-se o da ex-chefe da Polícia da cidade de Cebu, Royina Garma, que indicou no dia 5 de outubro que foram pagos entre 20.000 e um milhão de pesos (entre 300 e 17.000 euros) aos agentes que mataram um traficante de drogas, dependendo da sua posição.
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