Num comunicado, a polícia israelita adiantou que os sete suspeitos em questão, cinco adultos e dois menores, foram recrutados por agentes dos serviços secretos iranianos e as informações recolhidas "causaram danos à segurança".
Os sete suspeitos deverão ser julgados nos próximos dias.
De acordo com um comunicado conjunto da polícia e do Shin Bet (agência de segurança interna israelita), os detidos efetuaram uma série de "missões de segurança" durante dois anos sob a direção de dois agentes dos serviços secretos iranianos, identificados como "Aljan" e "Orjan".
Os detidos recolheram informações sobre portos e as bases da Força Aérea e da Marinha israelitas, mas também sobre a localização das baterias do sistema de defesa antimíssil Cúpula de Ferro e de infraestruturas energéticas, segundo as mesmas fontes, que adiantaram que tais tarefas foram efetuadas em troca de centenas de milhares de dólares em criptomoedas.
Os sete detidos "estavam conscientes de que as informações que estavam a transferir prejudicavam a segurança nacional e poderiam ajudar os ataques de mísseis inimigos", referiu o comunicado.
No início de outubro, o Irão atacou Israel com cerca de 180 mísseis balísticos em resposta à morte do antigo líder político do grupo extremista palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, e do secretário-geral do movimento xiita libanês e pró-iraniano Hezbollah, Hassan Nasrralah.
Embora o ataque não tenha causado vítimas em solo israelita (um palestiniano de Gaza foi morto em Jericó, no sul da Cisjordânia ocupada), pelo menos uma base aérea sofreu danos.
Israel e Irão, inimigos declarados, travam há anos uma guerra secreta, marcada por atos de sabotagem, ciberataques e espionagem.
No ano passado, o clima de conflito estendeu-se ao terreno com a guerra do exército israelita contra o Hamas e a Jihad Islâmica, na Faixa de Gaza, e contra o Hezbollah, no Líbano. Os grupos em questão integram o chamado "Eixo da Resistência", uma aliança anti-Israel liderada pelo Irão.
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