Das quase 13 milhões de habitantes, cerca de três milhões encontram-se numa situação particularmente grave, mas nos últimos meses a ajuda humanitária diminuiu significativamente devido à falta de fundos.
O PAM está agora a apelar a 250 milhões de dólares (mais de 238 milhões de euros) para ajudar 2,8 milhões de pessoas, algumas das quais deslocadas devido à violência.
"As necessidades humanitárias estão a aumentar (...), agravando uma situação de segurança alimentar já difícil", alertou a agência das Nações Unidas, que já intensificou as suas operações nas últimas duas semanas à medida que a ofensiva rebelde e 'jihadista' ganhava terreno ao regime de Assad.
O diretor do PAM para a Síria, Kenn Crossley, advertiu que "as rotas comerciais estão comprometidas, os preços dos alimentos estão a subir e a moeda síria está a perder valor".
O responsável apelou a uma frente unida face ao que se prevê ser um inverno difícil.
"A ajuda alimentar não é apenas uma tábua de salvação para garantir a satisfação das necessidades nutricionais durante uma crise", já que também permite que as comunidades locais "saibam que não estão sozinhas" sobretudo numa altura em que se podem sentir "muito vulneráveis", acrescentou Crossley.
O regime do ex-presidente sírio Bashar al-Assad, que esteve no poder 24 anos, foi derrubado no domingo passado, numa ofensiva que durou cerca de 12 dias.
A operação começou a 27 de novembro e foi liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham - HTS, em árabe), herdeira da antiga afiliada síria da Al-Qaida e classificada como grupo terrorista por países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá e ainda a União Europeia (UE).
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