"Na noite de 26 para 27 de outubro de 2024, a 130 quilómetros da costa de Dakar (a capital), o barco de patrulha Walo intercetou uma embarcação que tinha saído das ilhas Saloum (no delta do rio) com 230 migrantes", publicou a Marinha na rede social X.
Juntamente com a mensagem, a Marinha publicou fotografias dos migrantes no porto, sem dar mais pormenores.
As autoridades não especificaram o destino da embarcação apesar de o Senegal ser considerado um país de origem e passagem de migrantes que chegam irregularmente às Ilhas Canárias, Espanha.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, deslocou-se no final de agosto ao Senegal, à Mauritânia e à Gâmbia, países de onde partem muitos dos migrantes que chegam irregularmente a Espanha.
Nos três países, Pedro Sánchez defendeu a migração circular como uma resposta ao discurso de ódio e à xenofobia, ao mesmo tempo que preconizou a abertura de canais de investimento para gerar oportunidades.
A rota migratória entre a costa africana e as ilhas espanholas é considerada uma das mais perigosas do mundo, com uma taxa de mortalidade nos últimos anos de uma vítima por cada vinte sobreviventes, o dobro da registada no Mediterrâneo.
Em 22 de setembro, pelo menos trinta cadáveres em decomposição foram encontrados numa embarcação à deriva, a cerca de 70 quilómetros da costa de Dakar. Catorze dias antes, um barco com quase uma centena de migrantes naufragou, causando a morte a, pelo menos, 39 pessoas.
Na sequência do acidente, o presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, prometeu uma "perseguição implacável" contra os traficantes que transportam migrantes irregulares do país africano para a Europa.
Leia Também: Migrantes que chegaram ao Reino Unido via Canal da Mancha superam total de 2023