A disponibilidade foi transmitida por Sánchez depois de uma visita, juntamente com o presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, ao Centro Integrado de Coordenação Operacional, a partir do qual se coordenam os trabalhos de emergência nas zonas afetadas pelo temporal.
Na comunidade mais afetada pelo mau tempo, o chefe do executivo participou ainda no minuto de silêncio observado às 12:00 locais (11:00 de Lisboa) em memória das vítimas das inundações.
Sanchéz referiu que o Governo continuará a disponibilizar todos os recursos possíveis e insistiu no compromisso de "cooperação absoluta" com o executivo valenciano para proporcionar tranquilidade e segurança aos cidadãos.
Desde que foi atingido o nível de emergência 2 na comunidade valenciana, o Governo mobilizou uma enorme quantidade de recursos e tropas, incluindo mais de 1.800 polícias, 750 guardas civis, 200 soldados do exército espanhol, helicópteros e aviões.
O líder do Governo espanhol pôs à disposição da emergência "todos os recursos económicos do Estado" e reiterou que na próxima terça-feira o Conselho de Ministros vai declarar zona de catástrofe as regiões afetadas.
O governante apelou ainda aos habitantes de Valência e Castellón para "ficarem em casa" e seguirem os apelos de emergência porque o risco continua e o "mais importante é salvar vidas nesta crise dramática".
Reiterou também que teve a oportunidade de falar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e que "todos os Estados-membros da União Europeia fizeram um esforço, oferecendo recursos para responder o mais eficazmente possível a esta tragédia".
"Estamos gratos por esta solidariedade", acrescentou.
"Estamos próximo de um fim de semana prolongado muito emotivo para muitas famílias, mas nas zonas afetadas devemos ficar em casa, por favor, porque estaremos a salvar vidas", concluiu o governante, referindo-se ao feriado de 01 de novembro, no qual tradicionalmente as famílias homenageiam os seus mortos.
Pelo menos 95 pessoas morreram em Espanha por causa das chuvas torrenciais e inundações que atingiram o leste e o sul do país na noite de quarta-feira, segundo o balanço mais recente das autoridades.
A Comunidade Valenciana foi a mais afetada pelo temporal e o governo regional confirmou até agora 92 mortos, num balanço que continua a ser provisório.
Há mais dois mortos confirmados em Castela La Mancha e outro na Andaluzia.
O Governo de Espanha decretou três dias de luto nacional por causa das consequências do mau tempo, referindo que há danos pessoais mas também materiais "altíssimos", com estradas e outras infraestruturas e edifícios danificados ou destruídos por causa da violência das águas que inundaram localidades inteiras.
O executivo pediu ainda às populações das zonas afetadas pelo mau tempo para não saírem de casa e, sobretudo, não tentarem circular pelas estradas, sublinhando que o temporal ainda permanece e os seus efeitos continuam a ser perigosos.
Várias regiões de Espanha estão desde terça-feira sob a influência de uma "depressão isolada em níveis altos", um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em castelhano, que causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos do país, sobretudo na costa do Mediterrâneo.
A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos, que fizeram acionar os alertas e avisos mais graves da proteção civil e da meteorologia na terça-feira à noite.
[Notícia atualizada às 12h59]
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