Um grupo de apoiantes do ex-presidente da Bolívia Evo Morales tomou um quartel no país, na região de Chapare, esta sexta-feira, e tornou reféns pelo menos 20 soldados e oficiais.
Esta ação surge na sequência dos protestos de apoio ao antigo chefe de Estado que decorrem no país já há 19 dias.
Num comunicado citado pela AFP, as forças armadas da Bolívia afirmam que "grupos armados" tomaram o quartel "com o sequestro de militares, armas e munições".
Uma fonte da Defesa do país, que pediu anonimato à agência noticiosa, revelou que "cerca de 20" oficiais e soldados foram mantidos reféns.
O Governo da Bolívia acusou, esta semana, o ex-presidente de ter "encenado" a alegada tentativa de assassínio de que foi alvo no domingo, explicando que o incidente ocorreu quando Morales tentou fugir a um controlo policial.
Num vídeo divulgado no último domingo, o ex-presidente afirmou ter sido vítima de um ataque com armas de fogo quando seguia num veículo na região do Chapare, no centro do país: "Agentes de elite do Estado boliviano tentaram assassinar-me", denunciou.
De acordo com a versão dos acontecimentos do ministro do Interior, a polícia destacada num desses postos fez sinal a um dos veículos da comitiva de Morales para abrandar, mas o condutor ignorou a ordem.
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