O magnata Elon Musk ofereceu um milhão de dólares, cerca de 919 mil euros, a quem assinasse uma petição lançada pelo mesmo, na qual são abordados temas como o porte de armas ou a liberdade de expressão. A iniciativa suscitou dúvidas quanto à sua legalidade e, esta segunda-feira, um juiz na Pensilvânia, Estados Unidos, decretou que Elon Musk pode continuar a implementá-la até às eleições presidenciais de terça-feira, avança a APNews.
O juiz Angelo Foglietta não explicou as suas razões para a decisão, que foi tomada após os advogados do magnata revelarem que os vencedores são porta-vozes pagos e não escolhidos ao acaso.
"Sabemos exatamente quem será anunciado como o vencedor do prémio do milhão de dólares hoje e amanhã", revelou o advogado de Elon Musk, Chris Gober.
A petição foi apelidada de farsa pelo promotor distrital Larry Krasner, um democrata, que acusa a iniciativa de ser "projetada para influenciar uma eleição" e pediu que esta fosse encerrada.
O diretor e tesoureiro do America PAC, um grupo de ação política que o magnata fundou para apoiar a candidatura de Donald Trump à Casa Branca, testemunhou que os destinatários do prémio são avaliados com antecedência, para "sentir a sua personalidade e ter a certeza que são alguém cujos valores estão alinhados" com os do grupo.
Os advogados de defesa de Elon Musk defendem que este esforço é um "discurso político central" dado aos participantes que assinem a petição. Revelam ainda que a tentativa de Larry Krasner de encerrá-lo sob a lei da Pensilvânia era discutível, porque não seriam anunciados mais vencedores na região antes do programa terminar na terça-feira.
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