"Acabo de comunicar aos meus colegas europeus (...) que não estarei no Conselho Europeu Informal de Budapeste para poder responder à emergência causada pela DANA", escreveu Sánchez na rede social X, referindo-se ao temporal que atingiu o leste de Espanha na terça-feira da semana passada e provocou 217 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.
A DANA é uma "depressão isolada em níveis altos" (conhecida como DINA em português), um fenómeno meteorológico que provocou chuvas torrenciais e inundações que destruíram também casas e infraestruturas na região de Valência.
Na mensagem que escreveu hoje na rede social X, Sánchez disse ter comunicado a ausência do Conselho Europeu de Budapeste, na próxima sexta-feira, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, o anfitrião do encontro, por a Hungria ter atualmente a presidência semestral do Conselho da União Europeia (UE).
"Quero agradecer-lhes o compromisso e a solidariedade. A EU está com Espanha", acrescentou o primeiro-ministro espanhol, na mesma publicação.
O Governo de Espanha declarou hoje "zona de catástrofe" a região de Valência e aprovou um primeiro pacote de 10.600 milhões de euros em ajudas às populações e empresas afetadas pelas inundações.
Espanha iniciou já também os procedimentos para ativar o fundo de solidariedade da União Europeia e pediu a aprovação urgente no Parlamento Europeu de uma alteração aos regulamentos dos fundos de coesão, para os poder reprogramar e destinar à zona afetada pelas inundações, por estarem em causa um desastre natural.
Numa conferência de imprensa em Madrid, Sánchez realçou hoje que para além da resposta imediata à emergência no terreno, serão necessários fundos para a reconstrução de casas, lojas, empresas, ruas e infraestruturas, assim como obras que adaptem os territórios às alterações climáticas numa região, a do Mediterrâneo, especialmente afetada por novos fenómenos meteorológicos extremos.
"As alterações climáticas matam, como estamos a ver, por desgraça", afirmou.
Para a resposta imediata estão na região de Valência perto de 15 mil militares e elementos das forças de segurança do Estado, mas continua a haver "carências severas" entre a população e "desaparecidos por localizar", reconheceu o primeiro-ministro.
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