A medida foi adotada seguindo as recomendações do primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Micheál Martin, e surge quase meio ano depois de a Irlanda ter oficialmente reconhecido o Estado da Palestina, uma decisão também tomada por Espanha e pela Noruega, segundo a estação televisiva irlandesa RTE.
O Governo irlandês anunciou a 28 de maio o reconhecimento formal do Estado da Palestina e declarou que iria nomear um embaixador irlandês para ocupar o cargo numa embaixada na cidade cisjordana de Ramallah.
"Esta decisão da Irlanda tem por objetivo manter viva a esperança", declarou na altura o primeiro-ministro irlandês, sublinhando que "a solução dos dois Estados é a única forma de Israel e a Palestina viverem lado a lado em paz e segurança".
A 17 de outubro, o Governo palestiniano notificou formalmente o Ministério dos Negócios Estrangeiros irlandês da sua intenção de transformar a representação palestiniana na Irlanda numa embaixada, em conformidade com o estabelecido na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, e Dublin deu finalmente o seu aval.
A elevação do estatuto da missão palestiniana significa que a missão diplomática beneficiará de todos os privilégios aplicáveis nos termos do direito internacional.
A decisão de Espanha, da Irlanda e da Noruega de reconhecer o Estado da Palestina desencadeou duras críticas por parte de Israel -- que chamou para consultas os seus embaixadores nesses países e argumentou que tal representava "um prémio" para o movimento islamita palestiniano Hamas pelos seus ataques.
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