Lituânia anuncia detenção de suspeitos de enviar por avião pacotes com explosivos

A procuradora-geral lituana anunciou hoje a detenção de suspeitos de envolvimento no envio de pacotes explosivos em aviões da Lituânia para outros países, uma operação atribuída a Moscovo.

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Lusa
05/11/2024 20:49 ‧ 05/11/2024 por Lusa

Mundo

Lituânia

"Não só na Lituânia, mas várias pessoas foram detidas por cometerem estes crimes", afirmou Nida Grunskiene, em declarações aos jornalistas em Vílnius, sem esclarecer o número de detidos ou dar outros detalhes sobre a investigação em curso.

 

No verão, foram encontrados pacotes explosivos nos armazéns do grupo logístico DHL na Alemanha e na Grã-Bretanha, onde pegaram fogo e, na Polónia, um pacote incendiou um camião da DHL, segundo o diário Gazeta Wyborcza.

Os serviços secretos alemães atribuíram o incidente à Rússia, sublinhando que os pacotes poderiam ter explodido durante os voos.

"A investigação está em curso e é bastante intensiva, com a participação (...) de outros países", acrescentou a procuradora-geral da Lituânia.

No final de outubro, o Ministério Público polaco anunciou a detenção de quatro pessoas relacionadas com o caso.

A atividade do grupo consistia, segundo o Ministério Público, em atos de sabotagem através do envio, por via de empresas de transporte, de "pacotes com explosivos camuflados e materiais perigosos, que se inflamavam ou explodiam espontaneamente durante o transporte terrestre e aéreo".

O objetivo era "testar o canal de transporte deste tipo de pacotes, que acabariam por ser enviados para os Estados Unidos e Canadá".

Na terça-feira, um conselheiro do presidente lituano para questões de segurança nacional responsabilizou também a Rússia.

"Precisamos de neutralizar e desmantelar a fonte e sabemos quem está por detrás destas operações. É a inteligência militar russa", disse Kestutis Budrys.

"Não podemos deixar esta questão sem resposta, porque isso transformar-se-ia em novos tipos de operações", disse em declarações à rádio lituana Ziniu.

Leia Também: Ucrânia ataca Moscovo e fábrica de explosivos com drones

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