"Não só na Lituânia, mas várias pessoas foram detidas por cometerem estes crimes", afirmou Nida Grunskiene, em declarações aos jornalistas em Vílnius, sem esclarecer o número de detidos ou dar outros detalhes sobre a investigação em curso.
No verão, foram encontrados pacotes explosivos nos armazéns do grupo logístico DHL na Alemanha e na Grã-Bretanha, onde pegaram fogo e, na Polónia, um pacote incendiou um camião da DHL, segundo o diário Gazeta Wyborcza.
Os serviços secretos alemães atribuíram o incidente à Rússia, sublinhando que os pacotes poderiam ter explodido durante os voos.
"A investigação está em curso e é bastante intensiva, com a participação (...) de outros países", acrescentou a procuradora-geral da Lituânia.
No final de outubro, o Ministério Público polaco anunciou a detenção de quatro pessoas relacionadas com o caso.
A atividade do grupo consistia, segundo o Ministério Público, em atos de sabotagem através do envio, por via de empresas de transporte, de "pacotes com explosivos camuflados e materiais perigosos, que se inflamavam ou explodiam espontaneamente durante o transporte terrestre e aéreo".
O objetivo era "testar o canal de transporte deste tipo de pacotes, que acabariam por ser enviados para os Estados Unidos e Canadá".
Na terça-feira, um conselheiro do presidente lituano para questões de segurança nacional responsabilizou também a Rússia.
"Precisamos de neutralizar e desmantelar a fonte e sabemos quem está por detrás destas operações. É a inteligência militar russa", disse Kestutis Budrys.
"Não podemos deixar esta questão sem resposta, porque isso transformar-se-ia em novos tipos de operações", disse em declarações à rádio lituana Ziniu.
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