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Hezbollah diz ter disparado 'drones' sobre base militar a sul de Telavive

O movimento xiita libanês Hezbollah anunciou ter hoje lançado 'drones' (aeronaves não-tripuladas) sobre uma base israelita a sul de Telavive, indicando ser a primeira vez que toma como alvo esta instalação militar.

Hezbollah diz ter disparado 'drones' sobre base militar a sul de Telavive
Notícias ao Minuto

06/11/24 20:52 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

Num comunicado, o grupo islamita libanês afirmou ter enviado um "esquadrão de 'drones' de ataque contra a base de Bilu (pertencente à brigada de paraquedistas de reserva), a sul de Telavive".

 

Pouco antes, o movimento pró-iraniano tinha declarado ter efetuado um "ataque complexo" à "base naval de Stella Maris, a noroeste de Haifa", no norte de Israel, "com uma salva de mísseis e um esquadrão de 'drones'" explosivos - o seu quarto ataque àquela base num mês -, e ter igualmente disparado mísseis sobre uma base militar perto do aeroporto Ben-Gurion, a sul de Telavive.

O tráfego aéreo não foi afetado, nem as pistas ficaram danificadas, segundo a Autoridade Aeroportuária de Israel.

O Exército israelita leva a cabo desde 23 de setembro uma campanha intensiva de bombardeamentos ao Líbano, visando em particular os bastiões do Hezbollah, e a 30 de setembro iniciou uma ofensiva terrestre contra o movimento islamita no sul do país vizinho.

O grupo xiita libanês assegura que os seus homens estão a repelir as incursões israelitas nas zonas fronteiriças e afirma lançar diariamente morteiros, mísseis e 'drones' sobre território israelita.

Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah, foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeiro 'pagers', depois 'walkie-talkies' - a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de 3.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.

Há mais de um ano que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 43.000 mortos e de 101.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Líbano apresenta queixa contra Israel junto da OIT

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