"Desejamos-lhe muita sabedoria, porque esta é a principal virtude dos governantes, segundo a Bíblia", afirmou o cardeal Pietro Parolin à imprensa italiana à margem de um evento na Universidade Gregoriana.
"Creio que, acima de tudo, [Trump] tem de trabalhar para ser o presidente de todo o país e assim ultrapassar a polarização que tem ocorrido, o que se pode sentir muito claramente neste momento", afirmou o cardeal.
"Assim, esperamos que possa realmente ser um elemento de distensão e pacificação nos conflitos atuais que estão a sangrar o mundo. Ele disse que vai colocar um fim às guerras. Vamos esperar, vamos esperar. Claro que nem ele tem varinha uma mágica" disse.
Parolin declarou que "para acabar com a guerra é preciso muita humildade, é preciso muita vontade, é preciso perseguir verdadeiramente os interesses gerais da humanidade, em vez de nos focarmos em interesses particulares".
Questionado sobre se os ucranianos e os palestinianos devem temer que a paz seja feita às suas custas, Parolin respondeu que "é difícil fazer uma declaração sobre estas coisas".
"Vamos ver que propostas [Trump] irá fazer. Vejamos agora o que irá propor após a sua tomada de posse", afirmou ainda.
O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.
Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 50,9% contra os 47,6% de Kamala Harris.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes encontra-se igualmente à frente no apuramento com 205 mandatos, a apenas 13 da maioria.
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