Adolescente antiguerra enfrenta cinco anos de prisão na Rússia

Arseny, de 16 anos, é um dos nove menores que foram alvo de acusações criminais por motivos políticos desde o início da invasão russa da Ucrânia.

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Notícias ao Minuto
07/11/2024 17:37 ‧ 07/11/2024 por Notícias ao Minuto

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Rússia

Arseny Turbin tem apenas 16 anos e é um dos mais jovens presos políticos da Rússia. Foi detido no verão de 2023, acusado de fazer parte da Legião da Liberdade Russa - uma das forças paramilitares russas aliada à Ucrânia - e enfrenta uma pena de cinco anos de prisão após perder um recurso para anular a sentença

 

Segundo a BBC, o jovem, que tinha apenas 15 anos quando foi detido, foi condenado a cinco anos de prisão numa colónia juvenil. Na quinta-feira, um tribunal de recurso reduziu a pena, mas apenas em 24 dias. 

Arseny é um dos nove menores que foram alvo de acusações criminais por motivos políticos desde o início da invasão russa da Ucrânia, de acordo com a organização não-governamental (ONG) OVD-Info. 

Em tribunal, negou todas as acusações e disse apenas que tinha pesquisado sobre a legião, sem nunca se ter candidato. À BBC, a mãe do adolescente, Irina, disse não compreender "o juiz que proferiu a sentença". 

O jovem foi também acusado de distribuir panfletos críticos do presidente russo, Vladimir Putin, a mando da Legião da Liberdade Russa. Apesar de admitir ter distribuído a informação, Arseny negou ter recebido instruções para o fazer. 

Era também um crítico assumido da invasão russa da Ucrânia e de Putin e divulgava conteúdo de apoio a figuras da oposição russa, incluindo de Alexei Navalny, nas redes sociais. 

Viria a ser detido no final de agosto de 2023, quando agentes do Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB) revistaram a sua casa e apreenderam vários aparelhos eletrónicos. No dia seguinte, foi interrogado e acusado de pertencer à Legião da Liberdade da Rússia.

"Eu estava histérica, a tremer, a chorar", lembrou a mãe. "O Arseny disse-me: 'Mãe, acalma-te, eu não cometi nenhum crime, eles vão resolver tudo'".

Após ser detido, aguardou em prisão domiciliária até junho deste ano, altura em que foi transferido para um centro de detenção em Moscovo.

Leia Também: Advogada quer "coligação" para pressionar Rússia a libertar crianças

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