ONG diz que 151 pessoas morreram envenenadas no Sudão

Uma organização não-governamental no Sudão acusou as Forças de Apoio Rápido do Sudão (RSF) de ter causado a morte por envenenamento a pelo menos 151 pessoas mas os paramilitares alegam que poderão ter sido vítimas de cólera.

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Lusa
09/11/2024 15:29 ‧ 09/11/2024 por Lusa

Mundo

Sudão

Só nas últimas 24 horas foram reportadas 40 mortes pela Gezira Conferente, uma ONG local, que precisou que a cidade mais afetada é Hilaliya, que fica a 70 quilómetros da capital do Estado, Wad Madani.

 

Em declarações à publicação Sudan Tribune, um comandante da RSF, Muk Abid Abu Shotal, defendeu que as mortes podem ter sido causadas por um surto de cólera.

O comandante indicou ainda que a RSF quer enviar uma "delegação de alto nível" à cidade para confirmar as suas suspeitas.

Segundo a Gezira Conference, a cidade está sob o controle paramilitar (grupos civis armados, que não pertencem ao exército) há várias semanas.

No total, a ONG contabilizou 166 mortes, 151 das quais por envenenamento e 15 baleadas.

A Gezira Conference culpa também a RSF pela destruição da cidade, incluindo um centro médico de diálise, 18 celeiros e a infraestrutura elétrica, 10 poços e 10 farmácias.

Há duas semanas, o comandante da RSF para o Estado, Abu Agla Kikil, desertou e os paramilitares lançaram uma campanha de retaliação contra a população civil.

Hilaliya tem cerca de 30.000 residentes.

Leia Também: Inundações no Sudão do Sul afetam 1,4 milhões de pessoas

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