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Trump? "É menos previsível até que ponto vai manter palavras da campanha"

Em causa estão as promessas feitas por Trump ao longo da campanha eleitoral.

Trump? "É menos previsível até que ponto vai manter palavras da campanha"
Notícias ao Minuto

11:55 - 10/11/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, é menos previsível do que Joe Biden no que diz respeito ao cumprimento das suas declarações de campanha, mas congratulou-se com o facto de o republicano se ter pronunciado a favor do diálogo para resolver o conflito na Ucrânia. 

 

Em declarações à televisão russa, Dmitry Peskov considerou que Trump deu "sinais positivos" relativamente à sua posição no conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia.

"Os sinais são positivos. Trump, durante a sua campanha eleitoral, disse que vê tudo isto [o conflito na Ucrânia] através de acordos. E que pode obter um acordo que leve à paz", disse o representante do Kremlin.

Segundo Peskov, "pelo menos ele fala de paz, não fala de confrontação, não expressa o desejo de infligir uma derrota estratégica à Rússia, o que o distingue favoravelmente da atual administração dos EUA".

Ainda assim, considera que "é difícil dizer o que vai acontecer mais à frente".

"Uma coisa é apostar na previsibilidade ao nível de Kamala Harris e Joe Biden, onde tudo é bastante previsível, o que vão fazer até deixarem a Casa Branca. Nesse sentido, o Sr. Trump é menos previsível, e também é menos previsível até que ponto ele vai manter as declarações feitas na campanha", sustentou Dmitri Peskov.

"[Vamos] esperar e se ver o que acontece, enquanto tratamos dos nossos assuntos", acrescentou.

Recorde-se que Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, tem reiterado o objetivo de acabar com a guerra na Ucrânia em "24 horas". No entanto, o republicano nunca concretizou qual a sua ideia e criticou a dimensão da ajuda dada a Kyiv para resistir à invasão russa, elogiando ainda Vladimir Putin.

Na quinta-feira, o presidente russo felicitou Trump pela sua vitória nas eleições presidenciais e disse estar "impressionado" com a sua reação "corajosa" ao ataque de que foi alvo durante a campanha eleitoral.

Quanto à política de Trump após a sua tomada de posse como presidente, a 20 de janeiro, garantiu que "não faz ideia", embora se tenha mostrado otimista face às declarações que fez durante a campanha.

Recentemente, um conselheiro sénior de Donald Trump deixou um claro aviso ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: a nova administração dos EUA vai concentrar-se em alcançar a paz na Ucrânia, em vez de recuperar o território ocupado pela Rússia, afirmando que "a Crimeia foi-se".

À BBC, Bryan Lanza, estratega de longa data do Partido Republicano, disse que a administração Trump vai pedir ao chefe de Estado ucraniano uma "visão realista para a paz". "E se o presidente Zelensky vier à mesa e disser que só podemos ter paz se tivermos a Crimeia, ele mostra-nos que não está a falar a sério", disse.

"A Crimeia foi-se", atirou, em referência à península anexada pela Rússia em 2014. 

[Notícia atualizada às 13h09]

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