"Suspeito que não voltarei a candidatar-me, a menos que digam 'ele é bom, precisamos de pensar noutra coisa'", disse Trump, provocando risos, num encontro com os republicanos da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso norte-americano), antes de uma reunião na Sala Oval, na Casa Branca, com o Presidente democrata Joe Biden.
De volta à capital federal norte-americana pela primeira vez desde que assistiu, a partir do seu 'resort' de Mar-a-Lago, na Florida, à sua vitória eleitoral contra a democrata e atual vice-presidente, Kamala Harris, Trump declarou aos legisladores republicanos: "É bom ganhar".
O antigo Presidente dos Estados Unidos (2017-2021) voltará à Casa Branca em 20 de janeiro, após uma interrupção de quatro anos, quando em 2020 perdeu a reeleição para Joe Biden, numa votação em que continua sem reconhecer a derrota.
"Ele é o rei do regresso. Temos uma grande dívida de gratidão para com ele", comentou o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, republicano do Louisiana, quando esperava pelo Presidente eleito no Capitólio (sede do Congresso), o mesmo local que os apoiantes de Trump invadiram em 06 de janeiro de 2021, numa tentativa de reverter à força o desfecho eleitoral.
A reunião na Casa Branca entre um presidente cessante e um presidente eleito é uma etapa tradicional da transferência pacífica de poder, evento que o próprio Trump se recusou a promover há quatro anos, depois de perder para Biden, tendo abandonado Washington sem comparecer sequer à tomada de posse do democrata.
Foi a primeira vez que tal aconteceu desde que Andrew Johnson faltou à tomada de posse de Ulysses S. Grant, há 155 anos.
Após a sua vitória eleitoral em 2016, Trump reuniu-se com o então Presidente cessante, o democrata Barack Obama, na Sala Oval e considerou o encontro "uma grande honra".
Biden insiste que fará tudo o que puder para que a transição para a próxima administração Trump decorra de forma pacífica e ordeira.
Além da vitória de Trump nas eleições realizadas em 05 de novembro, os republicanos recuperaram o controlo do Senado (câmara alta do Congresso) e, ainda com a contagem por fechar, estão a dois mandatos de alcançar a maioria na Câmara dos Representantes.
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