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Ministro da extrema-direita de Israel pede reocupação do norte de Gaza

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, extrema-direita, pediu esta segunda-feira ao Governo que reocupe o norte da Faixa de Gaza como estratégia para obrigar o grupo palestiniano Hamas a libertar os reféns que ainda mantém em seu poder.

Ministro da extrema-direita de Israel pede reocupação do norte de Gaza
Notícias ao Minuto

19/11/24 00:00 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Para devolver os reféns, temos de ocupar todo o norte da Faixa de Gaza e informar inequivocamente o Hamas de que, se os reféns não forem devolvidos, aplicaremos ali a soberania israelita e permaneceremos para sempre", disse o controverso ministro, que vive como colono num território palestiniano ocupado e defende o supremacismo judaico.

 

Dos 251 reféns capturados pelo Hamas a 07 de outubro de 2023, 97 permanecem no enclave, mais de metade dos quais se pensa estarem mortos, segundo as últimas estimativas dos serviços secretos israelitas. Há também dois outros reféns que estão detidos mas há anos, bem como os corpos de dois outros.

As declarações de Smotrich surgem apenas uma semana depois de ter dito numa reunião do seu partido, o Sionismo Religioso, que tanto Gaza como a Cisjordânia serão "retiradas para sempre" aos palestinianos.

"Estávamos a um passo de implementar a soberania sobre os colonatos na Judeia e Samaria (Cisjordânia), e agora chegou o momento de o fazer", disse Smotrich aos membros do seu partido, ultranacionalista, a 11 de novembro, coincidindo com o regresso do Presidente eleito Donald Trump à Casa Branca. 

"Hoje existe um amplo consenso na coligação [governo] e na oposição [...] contra a criação de um Estado palestiniano que ponha em perigo a existência do Estado de Israel", declarou o controverso ministro na semana passada, num discurso em que também classificou de 'nazis' os membros do Hamas e de outras milícias pró-iranianas e se opôs ao fim da guerra em Gaza. 

Há mais de seis semanas que o exército mantém um cerco militar no norte da Faixa de Gaza, que já provocou mais de 2.000 mortos, segundo as estimativas do governo de Gaza, e agravou drasticamente as já más condições de vida da população, limitando a níveis mínimos o acesso humanitário à região.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

A resposta de Israel provocou cerca de 44.000 mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.

Leia Também: Líbano e Hezbollah concordam com proposta de cessar-fogo com Israel

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