Quando se assinalam os 1.000 dias de guerra da Ucrânia causada pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022, a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, partilhou numa mensagem em vídeo afirmando que "hoje é um dia de luto, mas também um dia de promessa", com a UE a prometer a "continuar a estar ao lado [de Kyiv], durante o tempo que for necessário".
"Há mil dias, a Rússia tentou varrer a Ucrânia do mapa e, durante 1.000 dias, a Rússia falhou devido à resistência da Ucrânia e ao sacrifício dos vossos heróis", assinalou a responsável, vincando que "a Rússia tem de pagar por mil dias de crimes e destruição".
No que toca ao apoio da UE, Ursula von der Leyen recordou o compromisso de avançar com 50 mil milhões de euros até 2027 e ainda a ajuda do G7, que irá ascender a 50 mil milhões de dólares (48 mil milhões de euros) até 2026.
E anunciou um "apoio adicional de 65 milhões de euros para a iniciativa de compra de refeições escolares para as crianças ucranianas", além das verbas que serão mobilizadas para o país no âmbito das receitas com ativos russos imobilizados para impulsionar a produção militar na Ucrânia e para reparar as suas infraestruturas energéticas antes do inverno.
Quanto à adesão da Ucrânia à UE, após o país a ter o estatuto de país candidato desde meados de 2022, Ursula von der Leyen adiantou que, apesar de o "inverno que se avizinha pode ser assustador", a Europa "é amiga" e, por isso, será possível em breve "passar à fase seguinte das negociações" de adesão, a seu ver.
Através da rede social X (antigo Twitter), o presidente cessante do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou os "1.000 dias de sacrifício, 1.000 dias de sofrimento, mas 1.000 dias de bravura e coragem".
"A UE está do vosso lado e estamos decididos a apoiar-vos durante o tempo que for necessário", prometeu.
Também a líder da assembleia europeia, Roberta Metsola, falou em "1.000 dias de bravura, desafio e coragem, 1.000 dias a vencer as adversidades, 1.000 dias para manter a união, como irmãos e irmãs".
"Como uma família que partilha um futuro comum, continuaremos a apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário", concluiu a presidente do Parlamento Europeu.
O Parlamento Europeu vai promover hoje em Bruxelas uma sessão especial para demonstrar apoio comunitário à Ucrânia quando se assinalam os 1.000 dias de guerra causada pela invasão russa, em que participará por videoconferência o Presidente ucraniano.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, a UE e o Parlamento Europeu têm manifestado o seu apoio firme a Kyiv, através da condenação da agressão russa, da imposição de sanções e intensificação da ajuda política, humanitária, militar e financeira.
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