"O país terrorista [a Rússia] está a levar a cabo um ataque massivo de informação e psicológico contra a Ucrânia", afirmaram os serviços de informações militares ucranianos (GUR) num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O GUR aludiu a mensagens falsas que circulam nas redes sociais e atribuídas aos serviços secretos militares, indicando um risco acrescido de ataques russos.
As embaixadas dos Estados Unidos, Espanha, Itália e Grécia encerraram hoje ao público depois de a representação norte-americana ter alertado para a possibilidade de um ataque significativo contra Kiev nas próximas horas.
A decisão das embaixadas foi criticada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, que apelou aos ocidentais para que não alimentem o clima de tensão no país.
"A ameaça de ataques (...) tem sido, infelizmente, uma realidade diária para os ucranianos há mais de mil dias", afirmou o ministério num comunicado, aludindo à passagem, na terça-feira, do milésimo dia da guerra.
"Neste 1.001.º dia da invasão em grande escala, a ameaça dos bombardeamentos russos é tão relevante como nos 1.000 dias anteriores", disse a diplomacia ucraniana, segundo a agência espanhola EFE.
O ministério reiterou que esperava que os aliados da Ucrânia reagissem hoje como desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Acrescentou que estava em contacto permanente com os parceiros sobre potenciais riscos de segurança e pediu a todas as pessoas que prestassem atenção aos alarmes de ataque aéreo e, em caso de perigo, se dirigissem aos abrigos antiaéreos como sempre.
A embaixada espanhola em Kiev anunciou que não prestaria serviços durante o dia, devido ao "risco acrescido de ataques aéreos em toda a Ucrânia", de acordo com uma mensagem eletrónica enviada aos espanhóis residentes no país.
O anúncio foi feito pouco depois de a embaixada dos Estados Unidos ter suspendido as atividades após ter recebido "informações sobre um potencial ataque aéreo significativo no dia 20 de novembro".
A Grécia e a Itália adotaram medidas semelhantes.
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