Supremo italiano confirma pena de ex-militar que vendeu dados à Rússia

O Supremo Tribunal de Itália confirmou hoje a pena de 29 anos e dois meses de prisão para o ex-oficial da Marinha Walter Biot, detido em março de 2021 por vender informações confidenciais a um funcionário da embaixada russa.

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Lusa
20/11/2024 23:15 ‧ 20/11/2024 por Lusa

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Rússia

Esta instância confirmou, após recurso, a sentença determinada em janeiro, noticiaram os meios de comunicação social locais.

 

O oficial foi ainda sujeito a um processo na justiça militar e, em março de 2023, já tinha sido condenado a 30 anos de prisão, embora tenha recorrido também desta sentença.

O ex-militar foi detido no parque de estacionamento de um centro comercial de Roma quando vendia informações a um agente russo, escândalo para o qual o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano convocou o então embaixador da Federação Russa, Sergey Razov.

A detenção ocorreu na madrugada de 30 de março "durante um encontro clandestino entre os dois, que foram surpreendidos em flagrante imediatamente após a entrega de documentos confidenciais pelo oficial italiano em troca de uma quantia em dinheiro", segundo a polícia.

A troca de documentos sensíveis ocorreu num parque de estacionamento nos arredores sul de Roma, a troco de 5.000 euros.

A operação Carabinieri, liderada pelo Ministério Público de Roma, foi desenvolvida no âmbito de uma prolongada investigação executada pela Agência de Informação de Segurança Interna, com o apoio do Estado-Maior da Defesa.

Em 31 de março de 2021, a Itália transmitiu um "firme protesto" à Rússia sobre este caso de espionagem e anunciou "a expulsão imediata" de dois responsáveis russos envolvidos neste "assunto gravíssimo", segundo o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio.

O militar condenado garantiu ao juiz que fez tudo "por dinheiro", para resolver alegados problemas financeiros da sua família, da sua mulher e dos seus quatro filhos, e que nunca revelou "documentos restritos".

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