Em comunicado citado pela agência espanhola de notícias Efe, a presidência síria afirmou que Araqchi "transmitiu uma mensagem da liderança iraniana sublinhando o apoio firme do Irão à Síria na sua luta contra o terrorismo e a sua total disponibilidade para fornecer vários tipos de assistência ao governo sírio para este fim".
Al-Assad salientou que a Síria "enfrentou anteriormente muito mais dificuldades do que as que enfrenta atualmente, por isso é capaz de alcançar a vitória contra o terrorismo e os seus patrocinadores", e reiterou o compromisso do seu país "com a integridade territorial e a estabilidade".
Al-Assad, durante o seu encontro com Araqchi, sublinhou que os dois países continuarão a lutar "contra as organizações terroristas com toda a sua força e determinação em todos os seus territórios".
"O povo sírio tem sido capaz, nos últimos anos, de enfrentar o terrorismo em todas as suas formas, e hoje está mais determinado do que nunca a erradicá-lo, notando a importância de apoiar os aliados e amigos para combater os ataques terroristas apoiados por estrangeiros e frustrar os seus planos", disse o presidente sírio, refere a nota.
A visita do ministro iraniano a Damasco é a primeira desde o início da ofensiva da coligação islamista liderada pela Organização para a Libertação do Levante, anteriormente conhecida como Frente al-Nusra, filial síria da al-Qaeda.
O chefe da diplomacia do Irão - principal apoiante de Damasco - deverá deslocar-se na segunda-feira à Turquia, que apoia a aliança rebelde.
Os rebeldes apoderaram-se de toda a província de Idlib, o seu bastião na Síria, e de grande parte da cidade de Alepo, a segunda maior cidade do país, na qual decorrem ainda intensos confrontos.
Uma ofensiva lançada na quarta-feira por rebeldes 'jihadistas' no norte da Síria fez pelo menos 412 mortos, incluindo 61 civis, segundo um novo balanço fornecido hoje por uma organização não-governamental (ONG).
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG sediada em Londres que tem uma rede de fontes no território sírio, a ofensiva custou a vida a 214 rebeldes, 137 membros das forças pró-regime de Bashar al-Assad e 61 civis, dos quais 17 mortos hoje.
Uma coligação de grupos rebeldes liderados pelos islamitas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), o antigo ramo sírio da organização terrorista al-Qaida, lançou na quarta-feira uma ofensiva relâmpago mortal no norte da Síria e tomou controlo da maior parte de Alepo, a segunda maior cidade do país, e de várias outras cidades, nomeadamente na província de Hama.
Incapaz de repelir o ataque numa primeira fase, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, tem apostado na via diplomática, em particular junto dos seus aliados tradicionais -- Rússia, Irão e o movimento xiita pró-iraniano libanês Hezbollah.
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