Incestos e malformações? Estudos revelam vida sexual pervertida de faraós

Os faraós acreditavam que, ao terem relações sexuais com familiares, reforçavam o sangue real dos descendentes.

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Notícias ao Minuto
03/12/2024 11:41 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

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Egito

Novas investigações em torno das múmias da 18.º dinastia, entre 1550 e 1295 antes de Cristo, no Egito, revelaram que era comum os faraós terem relações incestuosas e isso originou várias malformações congénitas, avança o jornal espanhol ABC. Os reis egípcios acreditavam que, ao manterem as relações sexuais entre família, reforçavam o sangue real dos descendentes.

 

Há vários mitos em torno do incesto entre faraós, que os especialistas costumam ter dificuldade em aceitar, mas as novas descobertas vieram confirmá-los.

Os cientistas do Ötzi Institut de Bolzano, em Itália, fazem parte do pequeno grupo de pessoas autorizadas a estudar o material genético dos faraós do antigo Egito. Depois de analisarem vários túmulos desde 2007 e fazerem testes de paternidade aos antigos reis, publicaram um primeiro relatório no Journal of the American Medical Association que dá conta de provas de homicídio e vários casos de incesto.

Um dos casos mais surpreendentes foi o de Akhenaten, que foi faraó entre 1353 e 1336 a.C., cujos restos mortais foram estudados recorrendo a raio X. Sabia-se que o egípcio tinha casado com Nefertiti, sua prima, com quem teve seis filhas, mas os peritos descobriram que o rei chegou a ter relações sexuais com a sua própria irmã, de quem teve também um filho: o famoso Tutankhamon.

Estes estudos genéticos vêm assim comprovar que a família real da 18.ª dinastia praticava incesto com normalidade, geração após geração. Em alguns casos, já não se tratavam apenas de relações entre primos e irmãos. 

Segundos os hieróglifos egípcios decifrados pelos especialistas houve situações de relações entre pais e filhas e, num dos casos, de um avô - Amenófis III, pai de Akhenaton e avô de Tutankhamon - com a neta.

No caso de Tutankhamon, os problemas físicos relacionados com a consanguinidade chegaram a refletir-se em metatarsos atrofiados e outras doenças.

O biólogo molecular Carsten Pusch revelou que o famoso faraó sofria ainda de "uma doença hereditária rara chamada doença de Köhler II", o que veio também resolver o enigma das bengalas ornamentadas encontradas na sua sepultura. Chegou-se a pensar que eram cetros mas, afinal, tratam-se de muletas.

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