"Uma suspensão de 21 dias não é suficiente", declarou a Fundação Narges Mohammadi em comunicado, defendendo que depois de mais de 10 anos de prisão, a ativista precisa de cuidados médicos "especializados num ambiente seguro".
O organismo defendeu a "libertação imediata e incondicional ou, pelo menos, a uma extensão da suspensão da sua pena para três meses".
O advogado da vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2023, Mostafa Nili, anunciou hoje a libertação temporária por três semanas devido ao "estado físico" da iraniana, que removeu um tumor.
"O tumor removido era benigno, mas (Mohammadi) deve ser examinada de três em três meses", acrescentou.
Narges Mohammadi, 52 anos, foi repetidamente condenada e presa nos últimos 25 anos por se opor ao uso obrigatório do véu pelas mulheres e à pena de morte.
"As condições sanitárias da prisão, a sobrelotação da secção feminina, com 75 reclusas na secção geral e 13 confinadas às suas celas, o seu sistema imunitário deficiente afetaram gravemente o seu estado de saúde", refere o comunicado dos apoiantes da galardoada.
Leia Também: Nobel da Paz iraniana Narges Mohammadi libertada temporariamente