"O regime sírio tem de se comprometer urgentemente com o seu povo em prol de uma solução política global", afirmou o chefe de Estado turco durante uma conversa telefónica com António Guterres, segundo um comunicado da Presidência turca.
"Erdogan disse que a Turquia estava a trabalhar para reduzir as tensões, proteger os civis e abrir caminho para o processo político, e que iria continuar a fazê-lo", disse a Presidência turca, sublinhando que "o conflito sírio atingiu uma nova fase".
"O maior desejo da Turquia é que a Síria não caia numa maior instabilidade e não sofra mais vítimas civis", acrescentou o comunicado.
A Turquia, que partilha uma longa fronteira com a Síria, acolhe cerca de três milhões de refugiados sírios.
Vários grupos rebeldes e 'jihadistas' lançaram a 27 de novembro uma ofensiva militar de grande escala no noroeste da Síria.
Uma aliança, liderada pela Organização de Libertação do Levante (OLL) - antiga afiliada da Al-Qaida na Síria - e composta também por fações pró-turcas alcançou desde então o controlo das cidades de Idlib, Alepo - a segunda maior cidade síria depois de Damasco - e, hoje, Hama.
Os confrontos são os primeiros desta envergadura há vários anos na Síria, onde as hostilidades tinham globalmente cessado entre os beligerantes apoiados por várias potências regionais e internacionais com interesses divergentes na guerra civil que começou no país em 2011.
Mais de 700 pessoas foram mortas na última semana, incluindo mais de uma centena de civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Israel também tem realizado repetidos bombardeamentos na Síria. As autoridades israelitas afirmam que os ataques servem para atingir os grupos pró-iranianos que agem a partir do território sírio.
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