Rebeldes decretam recolher obrigatório em Damasco

O recolher obrigatório vai vigorar por cerca de 13 horas na capital da Síria por decisão da aliança rebelde síria liderada pelo grupo 'jihadista' Hayat Tahrir al Sham (HTS).

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Lusa
08/12/2024 13:37 ‧ 08/12/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Comando de Coordenação Militar, estrutura liderada pelo HTS e na qual participam grupos armados relacionados com a Turquia, informou a população do recolher obrigatório, que se iniciou pelas 16h00 (13h00 de Lisboa) até às 05h00 da manhã.

 

O grupo não especifica os motivos do recolher obrigatório, mas durante as últimas horas Israel desencadeou vários ataques contra instalações situadas nos arredores da capital, como confirmaram fontes de segurança ao Canal 12 da televisão nacional israelita.

Fontes do jornal israelita Yedioth Aharonoth confirmaram ataques israelitas contra o aeroporto militar Al Mezza, em Damasco, e outros alvos em Deraa e Sueida, no sul do país, para destruir "depósitos de munições e mísseis" que poderiam ser utilizados para atacar Israel.

Os insurgentes declararam Damasco "livre" do Presidente Bashar al-Assad após 12 dias de ofensiva lançada por uma coligação rebelde.

O Presidente sírio, no poder há 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), desconhecendo-se, para já, o seu paradeiro.

Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.

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