O posto de abastecimento de combustível fica próximo de um mercado no sul de Cartum, uma zona alvo de intenso fogo militar nas últimas semanas, segundo a rede Células de Resposta a Emergências que ajudam moradores, noticiou a agência AFP.
"Vinte e oito pessoas morreram e nove dos corpos foram devolvidos às suas famílias, 37 ficaram feridas", disse a mesma fonte.
Nos últimos meses, o Exército sudanês avançou em direção a Cartum a partir da cidade vizinha de Omdurman, numa tentativa de recuperar o controlo da capital.
Desde abril de 2023 que o Sudão se encontra no meio de um conflito entre o Exército regular, liderado pelo general Burhane, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FSR), liderados pelo seu antigo aliado e 'vice', o general Mohamed Hamdane Daglo.
A guerra fez dezenas de milhares de mortos, desalojou mais de onze milhões de pessoas e provocou uma das piores crises humanitárias da história recente, segundo a ONU.
O Governo apoiado pelo Exército tem sede em Porto Sudão, no Mar Vermelho.
No final de novembro, o Exército sudanês afirmou ter retomado uma importante capital do Estado de Sennar, a sul de Cartum, às mãos de paramilitares que a tinham detido durante cinco meses.
A capital, Sinja, é uma questão estratégica porque se situa numa rota importante que liga as áreas controladas pelo Exército no leste e centro do Sudão.
Por seu lado, as FSR assumiram o controlo de quase toda a vasta região ocidental do Darfur e avançaram para as zonas do sudeste controladas pelo Exército.
Leia Também: Sudão. Pelo menos 70 civis mortos em dois dias em ataques paramilitares