O detido confessou ter realizado preparativos para colocar um engenho explosivo num troço da rede ferroviária na cidade de Nizhny Novgorod (oeste), 400 quilómetros a leste de Moscovo, disse o FSB.
De acordo com um comunicado, citado pela agência de notícias russa Interfax, o homem de 21 anos terá agido em troca de "uma recompensa financeira prometida" pelos serviços secretos militares da Ucrânia.
O russo-alemão, a quem foi aberto um processo-crime por sabotagem, foi detido juntamente com outros suspeitos de professar "ideologia neonazi radical" e acusados de crimes de "natureza comum", acrescentou o FSB.
Em 20 de novembro, o FSB anunciou a detenção de Nikolai Gaidouk, um cidadão alemão nascido em 1967, por alegadamente ter estado "envolvido na explosão de março de 2024 numa estação de distribuição de gás" em Kaliningrado (noroeste).
Os serviços de segurança acusaram Gaidouk de ter tentado entrar na Rússia, vindo da Polónia, "para organizar atos de sabotagem na infraestrutura energética local".
Residente em Hamburgo, no norte da Alemanha, Gaidouk foi detido à entrada na Rússia, num posto fronteiriço em Kaliningrado, enclave russo às portas da União Europeia, e colocado em prisão preventiva, de acordo com a mesma fonte.
Meio litro de líquido explosivo foi apreendido durante a inspeção ao automóvel que conduzia, referiu o FSB.
De acordo com os meios de comunicação locais, o explosivo estava escondido numa caixa de champô.
"Ficou estabelecido que o senhor Gaidouk recebeu a ordem de provocar uma explosão e os componentes de um engenho explosivo improvisado do cidadão ucraniano" Alexander Jorov, que também vive em Hamburgo, disse o FSB.
Os casos de sabotagem, traição ou terrorismo têm vindo a aumentar na Rússia desde o início da invasão da Ucrânia pelas tropas russas em fevereiro de 2022.
Nos últimos anos, vários ocidentais, especialmente norte-americanos, foram também detidos na Rússia e confrontados com acusações graves.
Em 14 de outubro, o Ministério Público russo pediu uma pena de três anos e três meses de prisão para o francês Laurent Vinatier, detido desde junho e acusado de ter recolhido "informações no domínio das atividades militares" que podiam ser "utilizadas contra a segurança" da Rússia.
Washington tem acusado o Kremlin de utilizar cidadãos estrangeiros como reféns para obter a libertação de russos detidos no estrangeiro.
A 01 de agosto, o Ocidente e a Rússia realizaram a maior troca de presos desde o fim da Guerra Fria, incluindo o jornalista norte-americano Evan Gershkovich e o ex-fuzileiro Paul Whelan, libertados por Moscovo.
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