Trump não esclarece se deixará de apoiar Ucrânia se Kyiv não aceitar paz

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, evitou hoje responder se cortará a ajuda à Ucrânia caso Kyiv não aceite um acordo de paz com a Rússia e criticou a permissão de uso de mísseis de longo alcance norte-americanos.

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© Spencer Platt/Getty Images

Lusa
12/12/2024 16:20 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Quero chegar a um acordo e a única maneira de chegar a um acordo é não abandonar (...) Não concordo com tudo isto porque nunca deveria ter acontecido", disse Trump numa entrevista hoje divulgada pela revista Time, que o voltou a escolher, como em 2016, como pessoa do ano.

 

Perante questões persistentes sobre se os Estados Unidos deixarão de apoiar a Ucrânia caso esta não aceite um acordo com a Rússia, Trump limitou-se a responder que é necessário pôr fim a tantas mortes e que, com ele na Casa Branca, o presidente russo, Vladimir Putin, não teria ordenado a invasão.

Trump também criticou o Governo democrata cessante pela recente autorização de uso de mísseis de longo alcance contra território russo pelas Forças Armadas ucranianas.

"Porque estamos a fazer isto? Estamos apenas a intensificar esta guerra e a torná-la pior", explicou Trump, dizendo que essa permissão nunca deveria ter sido dada.

Sobre a situação no Médio Oriente, Trump comentou que, embora o que está a acontecer faça parte de uma situação "mais complicada", é também "um problema mais fácil de resolver" do que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

"A questão do Médio Oriente vai ser resolvida (...) enquanto falamos, as coisas estão a evoluir de uma forma muito positiva", disse o próximo presidente dos Estados Unidos.

"Não quero que morram pessoas de nenhum dos lados, e isso inclui a Rússia, a Ucrânia, os palestinianos, os israelitas e todas as entidades que temos no Médio Oriente", disse Trump, que tem sido a favor de qualquer plano que traga consigo uma paz duradoura, incluindo a solução de dois Estados.

"Há outras ideias para além da dos dois Estados, mas apoio tudo o que for necessário para alcançar não só a paz, mas uma paz duradoura", defendeu Trump.

Na entrevista à Time, o presidente eleito também abordou uma das principais questões que o próprio considerou terem-no ajudado a regressar à Casa Branca, tal como o ajudaram nas eleições de 2026: a política de imigração.

"Penso que o fator mais importante foi a fronteira", insistiu Trump, que criticou os democratas por terem desmantelado tudo o que fez para resolver a questão da imigração durante o seu primeiro mandato.

"Os criminosos estão a entrar no nosso país como nunca antes. (...) Trouxeram milhões de pessoas, e muitas delas foram retiradas das cadeias e das prisões (...) é por isso que os democratas perderam", disse Trump.

"Quero que eles saiam, e os países têm de os aceitar de volta. E, se não o fizerem, não faremos negócios com esses países e aplicar-lhes-emos tarifas muito severas", ameaçou o presidente eleito norte-americano.

Leia Também: Polónia não enviará tropas para Kyiv após cessar-fogo

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