AEIA condena ataque direto a veículo da agência na Ucrânia

O chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) condenou hoje o "ataque direto" no início da semana a um veículo oficial do organismo da ONU na Ucrânia, referindo "uma intenção clara" de causar danos.

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© CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images

Lusa
13/12/2024 07:25 ‧ há 2 semanas por Lusa

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Ucrânia

"Na terça-feira, um drone atingiu um veículo da AIEA claramente identificado que estava a completar a rotação do pessoal da agência" na central nuclear ucraniana de Zaporizhia, recordou Rafael Grossi na abertura de uma reunião extraordinária do Conselho de Governadores em Viena sobre a situação no país devastado pela guerra.

 

Apesar de a traseira do carro blindado ter ficado completamente destruída, o condutor e o segurança a bordo não ficaram feridos.

"Foi um ataque direto", afirmou o chefe da AIEA, sem nomear os responsáveis. "Quem fez isto sabia exatamente o que estava a fazer. Este comboio incluía três veículos ucranianos, depois os veículos da AIEA, e foi o nosso veículo que foi atingido. Portanto, havia uma intenção clara de nos prejudicar ou intimidar", lamentou.

Moscovo e Kyiv negaram a responsabilidade pelo ataque.

A AIEA tem uma presença permanente na central elétrica de Zaporizhia, que está ocupada pela Rússia e tem sido alvo de ataques e bombardeamentos em várias ocasiões desde o início da guerra.

"Temos sido confrontados com dificuldades, mas esta é particularmente preocupante", acrescentou Grossi, reiterando o seu apelo à 'máxima contenção'.

O Conselho de Governadores da AIEA, composto por 35 membros, reuniu-se hoje a pedido da Ucrânia, após uma série de ataques.

Moscovo intensificou o bombardeamento das infraestruturas energéticas nas últimas semanas, mergulhando centenas de milhares de pessoas na escuridão. "Só em 2024 foram registados onze ataques maciços", de acordo com Kyiv.

Numa resolução adotada por larga maioria, o Conselho de Governadores "insistiu" no perigo que tais ataques representam para a segurança das centrais nucleares, pondo em risco o seu fornecimento de energia.

"A segurança nuclear é uma responsabilidade partilhada que põe em risco o fornecimento de energia eléctrica. A segurança nuclear é uma responsabilidade partilhada que transcende as fronteiras nacionais e regionais", sublinhou, apelando "a todos os países para que façam tudo o que estiver ao seu alcance para travar o terrorismo nuclear do século XXI".

Há uma semana os russos perpetraram um ataque a outra infraestrutura elétrica em Ternopil, deixando a cidade parcialmente sem eletricidade.

A Rússia efetuou outro ataque com drones na mesma semana à região vizinha de Rivine e o governador regional, Oleksandr Koval, informou que o alvo foi também a infraestrutura elétrica da cidade.

Leia Também: Diretor de agência de energia atómica afirma que diálogo com Irão continua

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