Uma mulher de 42 anos foi acusada de ameaçar a sua seguradora de saúde durante uma conversa telefónica, tendo alegadamente proferido as três palavras encontradas nos invólucros das balas utilizadas no homicídio do CEO da United Healthcare, Brian Thompson, em Nova Iorque.
Briana Boston, que reside no estado norte-americano da Florida, terá ameaçado um representante da Blue Cross Blue Shield com as palavras inscritas nas balas usadas por Luigi Mangione ao contestar, sem sucesso, a recusa da companhia de seguros do seu pedido de indemnização, noticiou a Associated Press.
"Atrasar, negar, depor. Vocês são os próximos", disse, além de ter apontado que as companhias de seguros "são más" e "merecem karma".
Estes termos refletem a estratégia que algumas companhias de seguros utilizam para lidar com pedidos de indemnização dispendiosos, que passa por atrasar a decisão, negar o pedido e defender-se agressivamente.
Boston terá dito às autoridades, na quarta-feira, que proferiu as palavras porque "é o que está a dar nas notícias neste momento". Assegurou ainda que não tem armas de fogo.
A mulher foi detida e acusada de ameaçar cometer um ato de terrorismo, o que acarreta uma pena de até 15 anos de prisão, caso seja condenada.
Saliente-se que o assassinato de Brian Thompson está a despertar o interesse dos media nos Estados Unidos, que tentam perceber quem é o jovem de 26 anos e o que o terá motivado a disparar fatalmente contra o diretor executivo de uma empresa de seguros de saúde, à porta de um hotel em Nova Iorque.
Quando foi detido, tinha na sua posse documentos de identidade falsos e uma arma impressa a 3D, que a polícia acredita ter sido usada para matar o CEO.
No momento da detenção, Luigi Mangione teria também consigo um documento manuscrito, no qual manifestava raiva contra o sistema "parasitário" das companhias de seguros de saúde.
Leia Também: Mangione? Não há "indicação que tenha sido cliente da United Healthcare"