O antigo presidente de França Nicolas Sarkozy já reagiu à condenação do Tribunal de Cassação francês (equivalente ao Supremo Tribunal por cá), instância que confirmou a sentença de três anos de prisão - dois deles de pena suspensa e um ano sob vigilância eletrónica - devido aos crimes de corrupção e tráfico de influências.
"Como sempre fiz durante estes 12 longos anos de assédio judicial, assumirei as minhas responsabilidades e enfrentarei todas as suas consequências. Não é minha intenção queixar-me", escreveu numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter), após o anúncio.
Já quando se soube a confirmação da sua pena, o advogado de defesa de Sarkozy disse que o antigo chefe de Estado iria recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, algo que Sarkozy deixou 'prometido' também: "Tenho consciência de ter sido favorecido pela vida de muitas maneiras. Mas não estou disposto a aceitar a profunda injustiça que me foi feita. Os meus direitos de litigante foram desrespeitados, tanto no que respeita à jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem como à do Conselho Constitucional".
Je viens donc d’être condamné pour un soi-disant « pacte de corruption » avec quelqu’un – le juge Azibert – à qui je n’ai pas parlé, sans aucune contrepartie ni financière ni d’aucune sorte. On me reproche d’avoir pensé à aider une candidature qui n’a jamais été formulée, par une…
— Nicolas Sarkozy (@NicolasSarkozy) December 18, 2024
O antigo chefe de Estado francês defendeu ainda que o mesmo recurso que vai interpor poderá levar a uma condenação. "Isso poderia ter sido evitado se eu tivesse beneficiado de uma análise jurídica serena. Devo entender que o meu papel político passado e a oposição que levantei criaram o clima corporativista e político que conduziu a esta decisão?"
No final da publicação, Sarkozy reiterou que estava inocente e garantiu que estava determinado a provar a sua inocência. "A verdade vai, eventualmente, triunfar", escreveu.
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