A marcha, que tinha sido convocada por uma rede de 400 organizações da sociedade civil, teve como lema: "Ontem Hagia Sofia [em Istambul], hoje a mesquita Umayyad [em Damasco, na Síria], amanhã Al Aqsa [mesquita em Jerusalém]".
Os primeiros manifestantes chegaram à ponte de Gálata de madrugada, depois de ter sido concluída a oração matinal em diversas mesquitas da zona, entre elas Hagia Sofia, que voltou a ser local de oração em 2020.
Os manifestantes exibiram uma enorme bandeira palestiniana e outra turca, na faixa central da ponte, ao lado de palavras que pediam o fim do genocídio em Gaza, território palestiniano onde já terão morrido mais de 45 mil pessoas, 70% das quais mulheres e crianças, segundo a contagem do Ministério da Saúde daquele enclave, controlado pelo Hamas.
"Ninguém deveria pensar que a Turquia está a dormir. Ninguém deveria pensar que os muçulmanos estão a dormir nesta manhã, quando todos parecem dormir", afirmou Bilal Erdogan, filho do presidente da Turquia e membro da TÜGVA, fundação que liderou a marcha.
Dirigindo-se aos manifestantes que se concentravam na ponte, o filho de Recep Tayyip Erdogan vincou que "Gaza não está sozinha" e que a Síria também "não está abandonada".
"Estamos despertos e frescos", disse.
A 01 de janeiro de 2024, a mesma fundação tinha convocado uma marcha semelhante.
A invasão de Gaza por Telavive foi desencadeada após um ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, no qual mais de 1.200 morreram e outras 250 foram levadas como reféns.
A atuação de Israel na Faixa de Gaza levou o líder do Governo israelita, Benjamin Netanyahu, a enfrentar um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que o acusa de crimes de guerra e contra a humanidade na ofensiva militar israelita que se prolonga desde outubro de 2023 na Faixa de Gaza.
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