Os alertas vieram de várias partes do mundo e viriam a confirmar-se. O Natal e o Ano Novo são datas privilegiadas para ataques terroristas e foi desta forma que o início de ano ficou marcado em Nova Orleães, nos EUA.
Um homem, a bordo de um Fiat, conduziu a alta velocidade contra uma multidão, no Bairro Francês, causando 15 mortos e mais de 30 feridos.
O suspeito, Shamsud Din Jabbar, é um homem norte-americano que serviu o exército do seu país, mas que poderá ter tido influência do Estado Islâmico na sua ação.
O que se sabe do ataque
O ataque aconteceu durante as celebrações do Ano Novo e quando a cidade também se enchia de gente para o Sugar Bowl, um jogo de futebol americano universitário que se realiza hoje com a presença de milhares de pessoas.
Na madrugada de quarta-feira, o homem lançou o veículo que conduzia contra uma multidão no movimentado Bairro Francês da cidade de Nova Orleães, no sul dos Estados Unidos. Pelo menos 15 pessoas morreram, para além do atacante, e mais de 30 ficaram feridas.
Os meios de comunicação social norte-americanos citaram várias testemunhas segundo as quais um camião se dirigiu a alta velocidade contra a multidão, tendo o condutor saído e começado a disparar uma arma, que recebeu resposta da polícia.
Quem é Shamsud Din Jabbar, o principal suspeito?
As autoridades identificaram o responsável pelo atropelamento como Shamsud Din Jabbar, de 42 anos. O homem é um cidadão norte-americano e veterano do exército, refere a BBC.
Este trazia consigo uma bandeira do ISIS [Estado Islâmico] no veículo e o FBI está a trabalhar para determinar as "possíveis associações e afiliações do sujeito com organizações terroristas", revelou a polícia federal, em comunicado.
As autoridades diziam ainda que estavam a analisar a possibilidade de este não ter atuado sozinho.
Explosão de um Tesla em Las Vegas
Entretanto, um Tesla Cybertruck, uma carrinha de caixa aberta da marca automóvel de Elon Musk, explodiu horas depois em frente do hotel Trump de Las Vegas, fazendo um morto e sete feridos ligeiros.
Segundo a cadeia de televisão ABC News, as autoridades estão a avaliar o incidente como um possível ato terrorista. O suspeito é também um ex-militar de 37 anos.
Possível relação entre incidentes?
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou esta quinta-feira que o suspeito do ataque de Nova Orleães agiu motivado pelo Estado Islâmico. O suspeito "publicou vídeos nas redes sociais que indicam que se inspirou no Estado Islâmico", indicou o anda presidente dos EUA.
Num breve discurso a partir da residência de Camp David, perto de Washington, Biden disse que os vídeos revelam também que o autor do crime tinha "vontade de matar".
O presidente dos EUA referiu ainda que a polícia federal está a investigar se este ataque está ligado à explosão de um Tesla em frente ao hotel do presidente eleito Donald Trump, em Las Vegas. Sabe-se, agora, que existe, pelo menos um dado que liga os dois incidentes.
Isto porque os suspeitos dos dois ataques, ambos ex-militares, terão servido na mesma base militar. A polícia de Las Vegas confirmou que está a explorar possíveis ligações entre os dois homens.
Marcelo e Montenegro condenam "horrendo" ataque
Após a tragédia, a comunidade internacional uniu-se para condenar o ataque e expressar solidariedade.
Marcelo Rebelo de Sousa "condenou nos termos mais veementes este ataque contra civis indefesos, manchando indelevelmente um dia que deveria ser dedicado à esperança e à paz" e manifestou "toda a sua solidariedade para com o povo norte-americano".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, por sua vez, condenou o "horrendo ataque terrorista" e transmitiu a sua solidariedade ao povo americano e ao presidente norte-americano.
O governo chinês disse também estar "chocado" com o ataque mortal e disse que a "China opõe-se firmemente a qualquer ato de violência ou de terrorismo que vise civis".
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