De acordo com o jornal israelita Haaretz, os familiares exigem que o Governo de Israel chegue a um acordo com o grupo islamita palestiniano Hamas para conseguir o regresso em segurança dos reféns.
O Hamas atacou o sul do território israelita em 07 de outubro de 2023, numa ação sem precedentes que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez nesse dia 251 reféns, 96 dos quais continuam em cativeiro, 36 deles entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.
Eilat Levy Shahar, familiar de uma jovem raptada, declarou que este é um "período crucial", afirmando que as famílias dos sequestrados têm a intenção de "protestar com mais força até atingirem o seu objetivo".
Este protesto acontece pouco depois de o próprio Netanyahu ter autorizado o envio de uma delegação israelita composta por membros dos serviços de informações e do exército para negociações com o Hamas em Doha, capital do Qatar, país que atua como mediador juntamente com o Egito e os Estados Unidos.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 45 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Desde que a guerra começou, Israel e o Hamas só alcançaram um acordo de cessar-fogo de uma semana, em finais de novembro de 2023, no âmbito do qual foi feita uma troca de 105 reféns por 240 prisioneiros palestinianos que se encontravam encarcerados em prisões israelitas.
Desde então, o Exército israelita resgatou com vida oito reféns e recuperou os cadáveres de outros 38, ao passo que o Hamas libertou por "razões humanitárias" quatro mulheres, poucas semanas após o ataque.
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