Líder dos liberais alemães agredido. Mulher atirou-lhe imitação de bolo

O líder do Partido Liberal alemão (FDP), Christian Lindner, foi alvo de uma agressão durante um comício de campanha eleitoral em Greifswal (leste) quando uma mulher, militante do partido Esquerda, lhe atirou à cara uma imitação de bolo.

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© Getty Images

Lusa
09/01/2025 18:07 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Christian Lindner

Perante a agressão, Lindner limpou a cara e passou um pouco do creme no cabelo da agressora.

 

"É com orgulho que uso este rasto da campanha eleitoral", afirmou o ex-ministro das Finanças, que prosseguiu o seu discurso ironizando que o bolo nem sequer estava bem confecionado, pois ao prová-lo percebeu que sabia a sabão e não a natas.

Mais tarde, percebeu-se que afinal Lindner foi alvo de espuma de barbear num prato de cartão, onde estava escrito 'Pelo amor da liberdade'.

O secretário-geral do FDP, Marco Buschmann, recordou que os partidos democráticos acordaram recentemente em fazer uma campanha limpa, o que foi contrariado com o ataque de hoje.

"Apesar de Christian Lindner ter reagido com humor, este tipo de ataques é inaceitável na nossa democracia", criticou Buschmann.

Líderes de outros partidos também se juntaram às críticas, como o chanceler Olaf Scholz, candidato à reeleição pelo Partido Social-Democrata (SPD), na sua conta da rede social X (antigo Twitter).

"Os ataques aos políticos e políticas não são uma expressão do comportamento democrático. É positivo que Christian Lindner tenha reagido de uma forma sensata. Deve haver solidariedade entre os democratas", declarou.

O candidato a chanceler da União Democrata-Cristã e da União Social-Cristã (CDU/CSU), Friedrich Merz, referiu que o ataque pode, infelizmente, ser um prenúncio do que pode vir a acontecer durante a campanha.

"Felizmente, não aconteceu mais nada. Mas a disponibilidade para confrontos políticos violentos parece estar a aumentar em parte da sociedade", comentou.

O candidato dos Verdes a chanceler, o ministro da Economia Robert Habeck, afirmou que a agressão em nada se relaciona com a luta para encontrar as melhores soluções para o país.

A ação foi também criticada pela Esquerda, o partido da atacante. "Atirar bolos não faz parte da nossa forma de fazer política", garantiu o secretário de organização do partido, Janis Ehling, ao jornal 'Süddeutsche Zeitung'.

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, ordenou no final de dezembro a dissolução da Câmara Baixa do parlamento alemão (Bundestag) e confirmou o dia 23 de fevereiro como a data da realização das próximas eleições gerais.

Com isto, Steinmeier acede ao pedido do chanceler, Olaf Scholz, depois de ter perdido uma moção de confiança.

Leia Também: "Existem certos limites". Líderes europeus acusam Musk de "gerar o caos"

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