Perante a agressão, Lindner limpou a cara e passou um pouco do creme no cabelo da agressora.
"É com orgulho que uso este rasto da campanha eleitoral", afirmou o ex-ministro das Finanças, que prosseguiu o seu discurso ironizando que o bolo nem sequer estava bem confecionado, pois ao prová-lo percebeu que sabia a sabão e não a natas.
Mais tarde, percebeu-se que afinal Lindner foi alvo de espuma de barbear num prato de cartão, onde estava escrito 'Pelo amor da liberdade'.
O secretário-geral do FDP, Marco Buschmann, recordou que os partidos democráticos acordaram recentemente em fazer uma campanha limpa, o que foi contrariado com o ataque de hoje.
"Apesar de Christian Lindner ter reagido com humor, este tipo de ataques é inaceitável na nossa democracia", criticou Buschmann.
Der Wahlkampf geht los. Bei seinem Einsatz für die Wirtschaftswende lässt CL sich durch nichts aufhalten. TL pic.twitter.com/CoESmczmyY
— Christian Lindner (@c_lindner) January 9, 2025
Líderes de outros partidos também se juntaram às críticas, como o chanceler Olaf Scholz, candidato à reeleição pelo Partido Social-Democrata (SPD), na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
"Os ataques aos políticos e políticas não são uma expressão do comportamento democrático. É positivo que Christian Lindner tenha reagido de uma forma sensata. Deve haver solidariedade entre os democratas", declarou.
O candidato a chanceler da União Democrata-Cristã e da União Social-Cristã (CDU/CSU), Friedrich Merz, referiu que o ataque pode, infelizmente, ser um prenúncio do que pode vir a acontecer durante a campanha.
"Felizmente, não aconteceu mais nada. Mas a disponibilidade para confrontos políticos violentos parece estar a aumentar em parte da sociedade", comentou.
O candidato dos Verdes a chanceler, o ministro da Economia Robert Habeck, afirmou que a agressão em nada se relaciona com a luta para encontrar as melhores soluções para o país.
A ação foi também criticada pela Esquerda, o partido da atacante. "Atirar bolos não faz parte da nossa forma de fazer política", garantiu o secretário de organização do partido, Janis Ehling, ao jornal 'Süddeutsche Zeitung'.
O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, ordenou no final de dezembro a dissolução da Câmara Baixa do parlamento alemão (Bundestag) e confirmou o dia 23 de fevereiro como a data da realização das próximas eleições gerais.
Com isto, Steinmeier acede ao pedido do chanceler, Olaf Scholz, depois de ter perdido uma moção de confiança.
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