UE admite aliviar sanções contra Síria se houver progressos democráticos

A alta representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros admitiu esta sexta-feira o alívio das sanções contra a Síria se houver progressos democráticos, como um Governo inclusivo e proteção de toda a população.

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© FREDERICK FLORIN/AFP via Getty Images

Lusa
10/01/2025 10:16 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Síria

"A UE podia aliviar gradualmente as sanções se houver progressos tangíveis", escreveu Kaja Kallas, ex-primeira-ministra da Estónia, na rede social X.

 

Depois de uma reunião, em Roma (Itália), com os representantes da diplomacia da União Europeia, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos da América (o Secretário de Estado cessante, Antony Blinken), a Alta-Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança disse que é necessário haver na Síria um "Governo inclusivo".

Em simultâneo, tem de estar assegurada a "proteção de todas a minorias".

Um mês depois da deposição de Bashar al-Assad, o Governo de inspiração islamita está a tentar demonstrar ao país e ao mundo que não constitui uma ameaça à segurança e estabilidade da região do Médio Oriente e que traz o ímpeto reformista que a população reivindica.

Desde a fuga do ditador sírio para a Rússia, em 08 de dezembro, o novo líder de facto, Ahmed al-Charaa, anteriormente conhecido pelo nome militar de Abu Mohamed al-Jolani, conseguiu manter uma parte do país, a começar na sua capital, em aparente normalidade, marcada por receios das minorias com possíveis imposições religiosas e pelo regresso de refugiados a um país em grande parte destruído.

O país é hoje governado por uma coligação de rebeldes, liderada pela Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS), de Ahmed al-Charaa.

No entanto, persistem dúvidas sobre a radicalização do discurso, perseguição de segmentos populacionais com menor expressão, nomeadamente sírios cristãos, num país que estava há anos mergulhado numa guerra, com partes do país controladas pelo antigo regime ditatorial e outra pelo autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e Síria -- um grupo considerado terrorista pela generalidade dos países.

Leia Também: Investigador da ONU espera "boa cooperação" com Damasco

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