Israel proíbe demonstrações de alegria à passagem de palestinianos

As autoridades israelitas tomaram medidas para "impedir qualquer demonstração pública de alegria" pela libertação em Israel de presos palestinianos em troca de reféns em Gaza, no âmbito do acordo de cessar-fogo com o Hamas, foi hoje anunciado.

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© Lisi Niesner/Reuters

Lusa
17/01/2025 16:01 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O chefe dos serviços prisionais, general Kobi Yakobi, "deu instruções para impedir qualquer manifestação pública de alegria em Ashkelon [onde fica a prisão de Shikma, no sul de Israel] e noutras zonas de Israel, quando passar a escolta" dos prisioneiros libertados, avançou a Autoridade Prisional de Israel, em comunicado, acrescentando que o transporte destes presos não será feito por autocarros da Cruz Vermelha, mas sim por unidades especiais.

 

O comunicado refere que a libertação dos presos palestinianos está a ser preparada "segundo os termos do acordo ao qual o gabinete de segurança israelita deu luz verde hoje à tarde" e indica que os presos serão libertados a partir de domingo e durante 42 dias.

Os palestinianos serão agrupados, antes da sua libertação, na prisão de Ofer, na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, e no centro de detenção de Shikma.

Face à aceitação do acordo pelo gabinete de segurança, o Conselho de Ministros israelita vai reunir-se ainda hoje para adotar o cessar-fogo e a troca de reféns em Gaza, que porá fim a mais de 15 meses de guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.

O acordo, alcançado após mediação do Qatar, com a ajuda dos Estados Unidos e do Egito, prevê a libertação, numa fase inicial de seis semanas, de 33 reféns mantidos na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.

No final da reunião do gabinete de segurança, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que se opõe a este acordo mas está em minoria no Governo, criticou que palestinianos que foram condenados a prisão perpétua por terem assassinado israelitas saiam agora em liberdade.

Israel lançou uma ofensiva contra Gaza após os ataques realizados pelo Hamas a 07 de outubro de 2023 no sul do território israelita que fizeram quase 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.

Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades do enclave, controladas pelo Hamas.

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