"É um passo importante para lidar com esta milícia, que continua a ameaçar a segurança regional e internacional", reagiu o ministro da Informação do Iémen, Moammar al-Eryani, na rede social X.
Esta decisão reflete "um reconhecimento global da gravidade dos atos terroristas" dos Hutis, incluindo "os repetidos ataques à navegação internacional, os ataques a civis e infraestruturas e o papel na desestabilização da região, com o apoio direto do Irão", continuou.
Na nota, o responsável apelou à comunidade internacional, incluindo Reino Unido e União Europeia, para "tomar medidas semelhantes" e "intensificar os esforços para encerrar as fontes financeiras, militares e mediáticas do grupo, a fim de garantir a proteção da segurança e estabilidade regional e internacional".
A Casa Branca anunciou na quarta-feira que Donald Trump assinou uma ordem executiva que reclassifica os rebeldes Hutis como "organização terrorista estrangeira".
O ex-presidente democrata, Joe Biden, retirou esta classificação pouco depois de subir ao poder, em 2020, e mais tarde, há um ano, classificou os Hutis como uma entidade "terrorista global", uma categoria ligeiramente menos severa, justificada na altura pelo desejo de manter o fluxo de ajuda humanitária a este país devastado pela guerra.
As atividades dos Hutis, grupo apoiado pelo Irão, "ameaçam a segurança dos civis e militares norte-americanos no Médio Oriente, a segurança dos nossos parceiros regionais mais próximos e a estabilidade do comércio marítimo internacional", segundo o texto da ordem executiva de Trump.
A ideologia do grupo rebelde xiita centra-se na oposição a Israel e aos Estados Unidos, considerando-se parte do "eixo de resistência" apoiado pelo Irão, que inclui também o Hamas e o Hezbollah.
Os Hutis combatem o Governo do Iémen e controlam o noroeste do país, bem como a capital, Saná.
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