O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para reclassificar os rebeldes Houtis do Iémen como uma "organização terrorista estrangeira", segundo a Casa Branca.
O ex-presidente democrata Joe Biden tinha removido a designação logo após a sua eleição em 2020 e, posteriormente, há um ano, classificou os Houtis como uma "entidade terrorista designada globalmente" - uma categoria um pouco menos severa, justificada no tempo pelo desejo de manter o fluxo de ajuda humanitária a este país em guerra.
O porta-voz da diplomacia iraniana Esmail Baghai descreveu a inclusão dos rebeldes iemenitas nesta lista negra como "um pretexto para impor sanções desumanas contra o povo iemenita", considerando a decisão norte-americana "injustificada e infundada".
Israel, por sua vez, saudou a decisão de Trump, dizendo que se trata de "um passo importante na luta contra o terrorismo e contra os elementos desestabilizadores na região".
De acordo com a ordem executiva assinada por Donald Trump, as atividades dos Houtis "ameaçam a segurança dos civis e militares norte-americanos no Médio Oriente, a segurança dos nossos parceiros regionais mais próximos e a estabilidade do comércio marítimo internacional".
Os Hutis, que controlam grandes áreas do território iemenita e a capital Sana, têm levado a cabo ataques na costa do Iémen contra navios que acreditam estar ligados a Israel, bem como aos Estados Unidos e ao Reino Unido, afirmando que estão a agir em solidariedade com os palestinianos no contexto da guerra na Faixa de Gaza.
Os ataques interromperam a navegação no Mar Vermelho, uma área marítima vital para o comércio global, levando os Estados Unidos a mobilizar uma coligação naval multinacional e a atacar alvos rebeldes no Iémen, por vezes com ajuda do Reino Unido.
Os rebeldes Hutis também reivindicaram a responsabilidade por vários ataques a Israel, que atingiram vários alvos rebeldes dentro do Iémen.
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