Os manifestantes, que empunhavam bandeiras palestiananas e faixas negras com o nome das vítimas da guerra do Médio Oriente, saíram às 14:00 locais (menos uma hora em Lisboa) da estação ferroviária de Bruxelas Norte e terminaram duas horas depois na estação de comboios Bruxelas Midi, pedindo o fim permanente das hostilidades em Gaza, segundo a agência belga.
Esta oitava marcha pelos direitos palestinianos foi organizada por uma coligação de cerca de 60 grupos ou associações entre os quais se encontravam a Associação Belgo-Palestiniana, o Movimento Operário Cristão ou a União dos Progressistas Judeus da Bélgica (UPJB).
Para os organizadores da marcha, que passou por parte do centro da capital belga, o cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro oferece um alívio aos palestinianos em Gaza, castigados por mais de 15 meses de guerra, "mas não é suficiente".
"O atual cessar-fogo não põe fim ao genocídio ou a outros crimes internacionais perpetrados por Israel, como o 'apartheid', a ocupação ilegal e a colonização do território palestiniano", afirmou Dima Daibes, porta-voz de um dos grupos, em declarações à Belga.
"A opressão e a destruição do povo palestiniano vão continuar enquanto as autoridades israelitas se mantiverem impunes, e devem ser responsabilizadas", acrescentou.
A adoção de iniciativas para pôr fim à ocupação israelita é também "uma obrigação internacional, confirmada pelo Tribunal Internacional de Justiça em 19 de julho, e aprovada pela votação da Assembleia Geral da ONU em 18 de setembro", recordou, por seu lado, Grégory Mauzé, porta-voz da Associação Belgo-Palestina.
Neste sentido, Mauzé sublinhou que a União Europeia deve "pôr fim urgentemente aos seus laços comerciais, económicos e estratégicos" com Israel "até que acabe com a opressão do povo palestiniano e cumpra o direito internacional".
Na primeira fase do pacto, Israel e o Hamas acordaram a 19 de janeiro um cessar-fogo de seis semanas, no qual deverá haver uma troca gradual de 33 reféns israelitas em troca de mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Durante estas seis semanas decorrerão também negociações para uma segunda fase da trégua, na qual deverá estar concluída a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e lançadas as bases para o fim da guerra.
Veja a galeria acima.
Leia Também: Iraque quer trabalhar com Turquia para garantir estabilidade