"Foi boa a conversa com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Discutimos os problemas globais em que a UE e os EUA têm os mesmos interesses", escreveu Kaja Kallas nas redes sociais.
"A União Europeia e os Estados Unidos da América serão sempre mais fortes juntos. Estou esperançosa sobre a possibilidade de um encontro em breve", completou.
A alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança acrescentou que abordou com o secretário de Estado dos EUA "a guerra da Rússia na Ucrânia, a influência maligna do Irão e os desafios que a China representa".
Na segunda-feira, Kallas, reconheceu uma "abordagem mais transacional" dos Estados Unidos da América sob liderança de Donald Trump, admitindo negociar com o "aliado mais próximo" para reforçar a cooperação frente a adversários crescentemente alinhados.
Em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas, a ex-primeira-ministra da Estónia disse que a administração do Presidente Donald Trump "tem grandes implicações" para os 27 países do bloco comunitário.
A Casa Branca de Donald Trump "tem uma abordagem mais transacional e a União Europeia tem de se chegar à frente", sustentou.
"Somos mais fortes unidos [na UE]. A União Europeia é um peso pesado económico e um parceiro geopolítico. Os EUA são o nosso aliado mais próximo", completou Kaja Kallas, deixando um aviso à administração Trump: "Os nossos adversários estão a cooperar cada vez mais, nós devíamos fazer o mesmo".
Questionada sobre esta declaração, a alta representante disse que é evidente que Washington tem hoje uma "lógica mais transacional" e que são necessárias "negociações" para lidar com os EUA.
"Não podemos mostrar o nosso 'jogo'", acrescentou a chefe da diplomacia da UE: "Um ministro [durante a reunião] disse, inclusive, que devíamos ouvir o que o Presidente dos EUA diz, mas nem sempre é necessário levar em conta o que diz, palavra por palavra".
Face à insistência dos jornalistas sobre as ameaças que Donald Trump fez sobre anexação da Gronelândia, território autónomo dinamarquês, Kaja Kallas foi contundente: "Não vamos negociar a Gronelândia, é um território de um Estado-membro".
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