Presidente moçambicano lembra Sam Nujoma como "grande líder"

O presidente de Moçambique, Daniel Chapo, enviou este domingo ao Governo da Namíbia uma mensagem de condolências pela morte, no sábado, do ex-Presidente daquele país, Sam Nujoma, vítima de doença.

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Lusa
09/02/2025 12:13 ‧ ontem por Lusa

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Moçambique

Na mensagem dirigida ao Presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, Daniel Chapo destaca que a morte de Sam Nujoma representa uma perda para todo o continente africano e enfatiza que foi um "grande líder", fundamental no movimento pela independência daquele país bem assim pelo contributo que deu pela paz e segurança na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

 

Enquanto líder da South West Africa People's Organisation (Swapo), o movimento de libertação que cofundou em 1960, Sam Nujoma conquistou a independência da Namíbia, em 1990, da África do Sul, que tinha assumido o controlo do território à Alemanha após a Primeira Guerra Mundial.

Em 2021, considerou insuficiente a proposta da Alemanha de pagar mais de mil milhões de euros de indemnização pelo massacre de dezenas de milhares de indígenas Hereros e Namas, considerado o primeiro genocídio do século XX.

"A Namíbia deve voltar à mesa das negociações com a Alemanha", disse, descrevendo a proposta como "terrivelmente insignificante".

Nascido a 12 de maio de 1929 no seio de uma família de agricultores, Sam Nujoma era o mais velho de dez filhos. Cuidava de vacas e cabras, até que, aos 17 anos, deixou a remota aldeia do norte onde vivia para se mudar para a cidade portuária ocidental de Walvis Bay.

Descobriu a discriminação contra os negros e depressa se tornou sindicalista, frequentando aulas noturnas, onde conheceu ativistas pró-independência.

Forçado a exilar-se em 1960 no Botswana, depois no Gana e nos Estados Unidos, teve de deixar para trás a mulher e quatro filhos.

À frente da Swapo, lançou a luta armada em 1966. A guerra da independência custou mais de 20.000 vidas. Quando se tornou presidente, Sam Nujoma recusou-se a criar uma comissão para examinar as atrocidades cometidas durante os 23 anos de conflito entre a Swapo e os esquadrões da morte pró-sul-africanos.

Depois de se retirar da vida política, regressou à escola e obteve um mestrado em Geologia, convencido de que as montanhas da Namíbia estavam repletas de riquezas minerais inexploradas.

Leia Também: Cerca de 32 mil famílias em insegurança alimentar no centro de Moçambique

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