Hong Kong vai proibir cigarros eletrónicos em locais públicos

Hong Kong vai proibir a posse e utilização de cigarros eletrónicos em espaços públicos até meados de 2026 devido às implicações para a saúde dos jovens residentes, disseram as autoridades da região semiautónoma chinesa.

Notícia

© Lusa

Lusa
10/02/2025 06:13 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Hong Kong

"Para proteger os nossos jovens, acreditamos que é altura de proibir o uso de cartuchos de cigarros eletrónicos", disse no domingo o secretário para a Saúde, Lo Chung-mau, na televisão.

 

"Começaremos por legislar contra a posse e o uso [de cigarros eletrónicos] ao ar livre", acrescentou Lo. "Quando todos se habituarem [à proibição], vamos implementá-la em todos os lugares", acrescentou

O anúncio foi feito quase três anos depois de o território do sul da China ter proibido a importação, fabrico e venda de cigarros eletrónicos e produtos de tabaco aquecido.

Segundo a lei de Hong Kong, qualquer pessoa que importe cigarros eletrónicos pode enfrentar até sete anos de prisão e uma multa de dois milhões de dólares de Hong Kong (250 mil euros). Fabricantes e vendedores correm o risco de apanhar até seis meses de prisão.

Também a região vizinha de Macau proibiu, em 2022, o fabrico, distribuição, importação, exportação e transporte na entrada e saída do território de cigarros eletrónicos.

O Governo justificou as alterações à lei com "as fortes evidências de que este tipo de produto do tabaco é não só prejudicial à saúde, como também a utilização pode pôr em risco a segurança das pessoas", lembrando que aumentou o consumo de cigarros eletrónicos, sobretudo entre os jovens.

Desde 2015, o consumo de cigarros eletrónicos entre os jovens com idades entre os 13 e os 15 anos aumentou "de 2,6% para 4%", de acordo com dados revelados em maio de 2022 pelo diretor dos Serviços de Saúde de Macau.

Ou seja, sublinhou Alvis Lo Iek Long, já há mais jovens a usar cigarros eletrónicos do que os tradicionais (2,1%).

A lei prevê sanções aos infratores no valor de quatro mil patacas (462 euros), sendo que, no caso de entidades, pode ser aplicada uma multa entre 20 mil patacas (2.310 euros) e 200 mil patacas (23.100 euros).

Apesar da proposta ter sido aprovada por unanimidade, durante o debate na Assembleia Legislativa, vários deputados sustentaram que Macau deveria ir mais longe e avançar também com a proibição total do uso de cigarros eletrónicos.

A então secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, confirmou que o Governo ponderava proibir mais tarde o uso de cigarros eletrónicos, após dar "algum tempo" aos fumadores que possam "ter ainda alguns em stock".

Trinta e cinco países, incluindo Taiwan, proibiram a venda de cigarros eletrónicos, informou a Organização Mundial de Saúde em 2024.

Leia Também: Hong Kong apreende 3 quilos de anestésico ligado a nova droga sintética

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas