A ONU informou num comunicado que a decisão se trata de uma medida "extraordinária e temporária", de modo a "garantir a segurança do pessoal e dos parceiros da ONU".
A suspensão destina-se a "dar tempo às autoridades de facto para gerirem a libertação do pessoal da ONU detido arbitrariamente" e a garantir que todas as operações humanitárias possam ser conduzidas "com imparcialidade, neutralidade e independência", afirmou a agência no mesmo comunicado.
As detenções de funcionários da ONU ou de trabalhadores de organizações não-governamentais (ONG), acusados de trabalhar como agentes estrangeiros, são frequentes no Iémen, cuja capital, Sana, e outras zonas do norte e oeste do país são controladas pelo grupo rebelde desde 2015.
Em 24 de janeiro, os rebeldes iemenitas detiveram oito pessoas, sete das quais funcionários da ONU, depois de terem detido 13 funcionários das Nações Unidas em junho de 2024, estimando-se que, no total, estejam detidas 60 pessoas.
O Observatório dos Direitos Humanos (ODH) considera que as "detenções arbitrárias" pelos Huthis estão a ser utilizadas como "instrumento político, numa altura em que o seu povo carece das necessidades mais básicas".
O Iémen, que regista níveis muito elevados de subnutrição e onde cerca de 4,5 milhões de crianças não vão à escola, é um país dependente da ajuda humanitária, devastado por mais de dez anos de guerra civil entre os Huthis e o governo reconhecido internacionalmente.
Leia Também: Hezbollah no governo libanês é linha vermelha para EUA