O Comité de Direitos Humanos da Vente Venezuela (VV) - um grupo liderado pela líder da oposição María Corina Machado - disse que o jornalista, cuja "luta queria ser silenciada" pelas autoridades de Caracas, foi detido "arbitrariamente" e "todo o processo devido foi violado", adianta a agência de notícias espanhola EFE.
Também o partido La Causa R apelou à "libertação imediata" de Carlos Rojas e a de "todos os presos políticos", juntando-se à comissão VV e denunciando que o jornalista foi "privado dos seus direitos a um julgamento justo", encontrando-se "detido há 10 meses em El Helicoide [sede do Serviço Bolivariano de Inteligência, Sebin, em Caracas}, enquanto inocente".
Várias ONG também pediram a libertação do ativista, incluindo a Justicia, Encuentro y Perdón (JEP), alertando para o agravamento do estado de saúde de Rojas, "durante a sua prisão no Helicoide". Até agora, sublinha esta organização, "não lhe foi permitido ter uma defesa privada ou advogados de confiança".
"Associamo-nos ao apelo à sua libertação imediata, bem como à libertação de todos os presos políticos", acrescentou a JEP.
Segundo estimativas da ONG Foro Penal, até ao passado dia 10 de fevereiro havia 1.194 detidos que define como presos políticos, a maioria dos quais detida após as eleições de julho que elegeram Nicolas Maduro.
Já Rojas foi detido em 15 de abril do ano passado e acusado, segundo o procurador-geral, Tarek William Saab, dos alegados crimes de associação, terrorismo, conspiração, instigação à prática de um crime e tentativa de assassinato.
As autoridades alegam que Rojas estaria envolvido num plano para assassinar Nicolás Maduro, na véspera das eleições presidenciais de 28 de julho, quando foi proclamado vencedor.
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