De acordo com um comunicado do Caspian Pipeline Consortium (CPC), o ataque foi realizado "por sete 'drones' carregados com explosivos e componentes metálicos" que pretendia "interromper [o funcionamento] a instalação e causar baixas entre o pessoal operacional da estação".
"Não houve vítimas entre os empregados do CPC. Os funcionários da empresa conseguiram evitar a ameaça de uma fuga de petróleo", acrescentou a companhia.
A estação de bombeamento visada, Kropotkinskaya, perto da cidade russa de Stavropol, a maior na rota do oleoduto, foi desativada e o oleoduto está a operar com um "bombeamento reduzido".
O Caspian Pipeline Consortium é detido em 24% pela Rússia, 19% pelo Cazaquistão e 15% pela gigante norte-americana de hidrocarbonetos Chevron, de acordo com o porta da empresa na internet.
"Todos os acionistas do consórcio internacional, incluindo representantes de empresas norte-americanas e europeias, foram informados do ataque", referiu o CPC.
O oleoduto, com mais de 1.500 quilómetros de extensão, transporta sobretudo petróleo do Cazaquistão, através da Rússia, para o Mar Negro, que é depois transportado para a Europa.
Kyiv não comentou ainda o ataque.
Três anos após o início do ataque russo e dos bombardeamentos quase diários, a Ucrânia está a responder atacando regularmente depósitos de petróleo e outras infraestruturas ligadas ao setor russo dos hidrocarbonetos, uma das principais fontes de receitas de Moscovo para financiar a sua ofensiva militar contra o seu vizinho.
A Rússia declarou hoje que abateu 90 'drones' ucranianos durante a noite de domingo e hoje, incluindo quase quarenta sobre o Mar de Azov, bem como um míssil de cruzeiro antinavio Neptune, sem relatar qualquer vítima.
A Ucrânia, por sua vez, disse ter abatido 83 dos 147 'drones' lançados pela Rússia e que outros 59 desapareceram dos radares. Alguns destes aparelhos aéreos não tripulados causaram danos, incluindo um edifício residencial na cidade de Kharkiv (nordeste) e cortes de energia na cidade de Kherson (sul).
Este novo ataque ocorre num momento de turbulência diplomática em torno do conflito.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, telefonou ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, e declarar que queria trabalhar "imediatamente" para colocar um fim nas hostilidades, levantando o receio de que os Estados Unidos poderão deixar Kyiv de lado nas negociações.
Leia Também: Ucrânia? Washington prevê longo processo antes de negociações